São Paulo, quinta-feira, 28 de outubro de 2004

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VAREJO

Ganho anual sobe 72%; no 3º tri, soma R$ 170 mi

Acordo com banco turbina lucro do Pão de Açúcar, que aumenta 228,3%

DA REPORTAGEM LOCAL

Em um único trimestre, o lucro líquido da maior rede de supermercados do país, o grupo Pão de Açúcar, cresceu 228,3%. A alta foi registrada no terceiro trimestre do ano em relação a igual período do ano passado. O valor atingiu R$ 170,9 milhões. No acumulado do ano, até setembro, a elevação no lucro foi de 72,1%.
A margem de lucro bruta foi a maior para um terceiro trimestre desde a abertura de capital da empresa, em 1995, quando começou a divulgar resultados.
Parte do resultado do lucro pode ser explicada pelo acordo operacional firmado entre a rede e o banco Itaú, em julho deste ano. A cadeia varejista e a instituição se uniram para criar uma empresa de crédito ao consumidor. Nessa operação, o Itaú desembolsou R$ 455 milhões, sendo que R$ 380 milhões foram para a rede varejista pela exploração dos pontos.
Uma parcela desses recursos entrou no caixa da empresa no terceiro trimestre e isso "turbinou" o resultado da loja. Ao excluir o resultado do acordo com o Itaú, o lucro somou R$ 83,9 milhões de julho a setembro, um aumento de 76,4% em relação ao mesmo período do ano passado.
Ao se verificarem as previsões do mercado para a companhia, a rede varejista superou as estimativas. Os analistas previam um lucro líquido que variava de R$ 60 milhões a R$ 70 milhões, segundo o banco ou consultoria.
"Nós pudemos observar uma melhora no ambiente para o consumo do país, com reflexo positivo em nossas vendas", informa o balanço publicado ontem.
A expansão na demanda por itens alimentícios, além da melhoria nas vendas de itens em geral, ajudou a puxar o resultado.
A receita líquida de vendas atingiu R$ 8,9 bilhões no acumulado do ano até setembro. A alta é de 14,8% sobre 2003.
A demanda pelas mercadorias classificadas como não-alimentícias (eletrônicos, itens de bazar) manteve em alta as vendas nos últimos meses, mas a rede começa a perceber, desde o segundo trimestre, melhores resultados na procura por alimentos.
Segundo o balanço divulgado, os produtos alimentícios tiveram alta de 7% na venda das mesmas lojas no terceiro trimestre. No caso dos chamados não-alimentos, a alta foi de 17%.
A margem de lucro de 29,8% alcançada de julho a setembro, foi a maior da rede para o período.
A margem Ebitda (antes de despesas financeiras, impostos, depreciação e amortização), de 8,9%, também foi recorde para o período.


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