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MERCADO FINANCEIRO
Mesmo com giro fraco, Bovespa subiu 1,35%, para novo patamar recorde, embalada por elétricas
Bolsa tem dia tímido com feriado nos EUA
DA REPORTAGEM LOCAL
A Bolsa de Valores de São Paulo
subiu 1,35%, em um dia de baixa
movimentação.
Com o feriado pelo Dia de Ação
de Graças, nos EUA, os investidores estrangeiros, que têm tido importância crescente na Bolsa paulista, sumiram do mercado. No
pregão de ontem foram movimentados apenas R$ 628,9 milhões. No dia anterior, o giro da
Bovespa superou R$ 1 bilhão.
A alta do Ibovespa (índice que
acompanha os papéis mais negociados) ganhou força na última
hora de negociação, impulsionada pelas ações do setor elétrico. O
índice fechou aos 19.960 pontos,
novo patamar recorde.
Os papéis das elétricas têm sido
destaque do pregão há alguns
dias, com o mercado à espera do
novo modelo regulatório que está
sendo preparado para o setor. Na
tarde de ontem houve uma reunião entre governo e empresários
do segmento para falar sobre o assunto.
O IEE (índice das ações de energia elétrica) registrou valorização
de 4,3% ontem. Na semana, o IEE
já subiu 10,3%.
O papel preferencial "B" da Copel liderou as altas, com ganho de
8,8%, embalado pelo reajuste
anunciado pela empresa para o
ano que vem.
Outras ações de energia que dispararam ontem foram: Celesc
PNB (7,2%), Cemig ON (5,9%) e
Light ON (5,8%).
Na outra ponta, as teles decepcionaram. A maior baixa do dia
ficou com Embratel Participações
ON, com baixa de 3,6%, seguida
por Telemig Participações PN,
com perdas de 1,8%.
Na BM&F (Bolsa de Mercadorias & Futuros), as projeções dos
juros recuaram. Esse movimento
deu continuidade ao iniciado na
quarta, quando a divulgação do
resultado do PIB no terceiro trimestre decepcionou o mercado e
fez as taxas futuras de juros caírem.
Com a economia menos aquecida do que esperavam os analistas,
as apostas passaram a ser de que o
Copom (Comitê de Política Monetária) irá reduzir a taxa básica
de juros na reunião de dezembro,
atualmente em 17,5%, em pelo
menos 1 ponto percentual.
No contrato DI (juro interbancário) que vence em janeiro a recuou de 16,95% para 16,93%. No
DI mais negociado, com prazo
em julho, a taxa caiu de 16,06%
para 15,96% ao ano.
(FABRICIO VIEIRA)
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