|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Faturamento das indústrias da
Zona Franca de Manaus sobe 16%
Vendas alcançam recorde de US$ 22 bi; Venezuela torna-se 2º maior destino
KÁTIA BRASIL
DA AGÊNCIA FOLHA, EM MANAUS
A Suframa, autarquia federal
que administra os incentivos
fiscais da Zona Franca de Manaus, anunciou ontem que as
indústrias da região fecharão o
ano com um faturamento recorde de US$ 22 bilhões, contra
US$ 19 bilhões em 2005, alta de
15,8%. Para 2007, as 400 maiores indústrias projetam crescimento de até 12% na produção,
principalmente de TV, devido
ao Pan-Americano no Rio.
Conforme os indicadores da
Suframa (Superintendência da
Zona Franca de Manaus), o carro-chefe do faturamento recorde deste ano foi a produção de
eletroeletrônicos (mais de 10
milhões de televisões foram
produzidas), seguido da produção de bens de informática e de
motocicletas. Foram gerados
105 mil empregos diretos e 400
mil indiretos.
As importações de insumo
no ano somaram US$ 5,6 bilhões, contra US$ 4,7 bilhões
no ano passado.
De acordo com a superintendente da Suframa, Flávia Grosso, o faturamento das indústrias é resultado do aquecimento do mercado nacional e da
evolução tecnológica das empresas, que produziram novos
produtos com maior valor agregado. Um exemplo é a produção de TVs digitais. A produção
de modelos LCD passou de 10
mil unidades, em 2005, para
450 mil unidades neste ano.
Flávia destacou que as exportações para a Venezuela
(19,35% do total), principalmente de produtos como celulares, cresceram depois do
acordo entre o Mercosul e a Comunidade Andina de Nações.
"Esse acordo deu melhor
competitividade aos nossos
produtos, e nós transformamos
a Venezuela no segundo maior
importador da Zona Franca",
disse a superintendente. Os
EUA são o principal destino das
exportações da Zona Franca.
Flávia negou que as demissões registradas neste ano -
um total de 13,5 mil no setor de
metalurgia- possam desacelerar a produção no início de
2007. Só neste mês, foram
3.500 demissões, segundo o
Sindicato dos Metalúrgicos.
"Em janeiro, as admissões
devem recomeçar, porque o
mercado vai aquecer com os
Pan-Americanos. Só vemos para o futuro mais empregos e
mais investimentos", disse.
O presidente do Sinaees (Sindicato da Indústria de Aparelhos Elétricos, Eletrônicos e Similares do Estado do Amazonas), Wilson Périco, disse que
as demissões foram pontuais e
motivadas pelo acúmulo de estoque em duas grandes empresas do setor eletroeletrônico,
que produziram visando a Copa do Mundo. "As empresas se
prepararam [para a Copa], mas,
por conta da eliminação precoce do Brasil, ficaram com muito
estoque e tiveram que fazer
ajustes de pessoal."
Texto Anterior: Brasil investiga denúncias de tele na Itália Próximo Texto: Estradas: Bolívia iniciará obra de ligação com o Brasil Índice
|