São Paulo, sexta-feira, 28 de dezembro de 2007

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Vaivém das commodities

mzafalon@folhasp.com.br

ARROZ EM ALTA
O consumidor poderá pagar até 20% a mais pelo arroz nas próximas semanas. A advertência é da indústria, que informa não conseguir matéria-prima para operar. Apesar dos preços de R$ 22 a R$ 23,50 líquidos ao produtor no Sul, a oferta é restrita. Além da redução interna, há menor oferta do Mercosul.

LEILÕES
Diante desse quadro, e para enxugar os estoques de 1,5 milhão de toneladas do governo antes da próxima safra, a indústria propõe à Conab leilões internos. O setor pede, ainda, leilões específicos (PEP) para exportações, uma vez que há demanda externa por arroz.

À ESPERA
A indústria, que não concorda com um eventual programa de doação de arroz como está sendo proposto, espera que, na reunião interna de hoje, a Conab leve em consideração esses pontos e libere de imediato os leilões.

LEILÕES SIM...
O setor produtivo concorda com os leilões de desova de estoques, mas eles devem ser feitos a preços remuneradores para os produtores, diz Maurício Fischer, presidente do Irga (Instituto Rio Grandense do Arroz).

...MAS COM PREÇOS
Para Fischer, os leilões devem ser feitos de R$ 25 a R$ 26 por saca, equivalentes aos custos de produção. Os valores médios praticados nesta safra foram de R$ 21,60 por saca, o que não remunera os produtores, diz o Irga. Os melhores momentos foram em agosto, quando a saca atingiu R$ 24,52.

JOGO DE MERCADO
Não há falta de arroz, segundo Fischer. Os produtores menos endividados seguraram o produto para conseguir melhores preços em janeiro. Outros, preferiram só negociar o produto no próximo ano, devido a questões fiscais. Esse produto vai aparecer em janeiro. "É um jogo do mercado", diz ele.

FEIJÃO EM BAIXA
A safra avança e o preço do feijão volta a cair no campo. Ontem, a saca do produto do tipo carioquinha chegou a ser negociada por R$ 170.

AGRONEGÓCIOS
Está nas livrarias "Agronegócios & Desenvolvimento Sustentável", livro coordenado por Marcos Fava Neves -e que tem a participação de outros nove autores. O livro aborda cenários da produção de alimentos, fibras e bioenergia; produtos orgânicos e "fair trade".

MARCAS REGIONAIS
O livro aborda, ainda, a criação de marcas regionais, desenvolvimento de parcerias público-privadas e análises financeiras de projetos de produção de alimentos e bioenergia. O livro, da Editora Atlas, termina com a análise de casos empresariais.


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