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Costa pede mais isenção para produzir conversor
PAULO PEIXOTO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELO HORIZONTE
O ministro das Comunicações, Hélio Costa (PMDB-MG),
defendeu ontem a renegociação, no Congresso, da redução
de impostos federais para fabricantes de conversores para
TV digital situados fora da Zona Franca de Manaus.
Ele criticou a isenção de impostos federais para as indústrias apenas da Zona Franca de
Manaus e, mesmo assim, os
conversores custarem menos
de R$ 500. O objetivo da renegociação, segundo ele, é que esses outros fabricantes possam
vender os conversores a R$ 150
em até seis meses.
Por enquanto, os conversores mais simples estão custando, no mínimo, R$ 350. Há nove dias, o ministro anunciou
que a Comsat, uma joint-venture entre uma empresa brasileira e uma indiana, venderá o
aparelho, em janeiro, a R$ 250.
Ontem, Costa disse que o
preço será R$ 230, e "ainda está
caro". "Até julho, espero que o
conversor esteja sendo vendido
a R$ 150."
"A carga de impostos inviabiliza [redução maior do preço
por produtores fora de Manaus]. Enquanto não renegociarmos isso, fica difícil", afirmou o ministro, que conta também com a redução dos impostos nos Estados para que o preço atinja os R$ 150 esperados.
Ele acrescentou: "Esse conversor de TV digital não pode
ser instrumento desonerado só
em Manaus, porque senão não
temos condições de fazê-lo em
Minas, em São Paulo, no Rio
Grande do Sul, no Paraná. Acho
quase um absurdo concentrar
toda a desoneração para uma
única região do país".
Ele mandou um recado para
deputados e senadores do
Amazonas que resistem à ampliação da isenção: "A bancada
do Amazonas [...] deve estar
muito irritada comigo. Eu tenho certeza que estou defendendo a posição certa".
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