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CRISE ASIÁTICA
Demissão do ministro das Finanças favoreceu adesão da oposição ao pacote apresentado pelo governo
Japão aprova redução de impostos
das agências internacionais
A Câmara Baixa do Parlamento
japonês aprovou ontem um pacote
que inclui gastos públicos de cerca
de US$ 37 bilhões e redução de impostos.
Estas são as primeiras de uma série de iniciativas previstas para recuperar a economia do país. Analistas afirmam que as medidas serão aprovadas pela Câmara Alta
do Parlamento.
O pedido de demissão do ministro das Finanças, Hiroshi Mitsuzuka, teria influenciado a aprovação
das medidas.
Hiroshi assumiu a responsabilidade sobre o escândalo de corrupção em seu ministério iniciado no
começo da semana, após a prisão
de dois funcionários acusados de
receber suborno de bancos.
Um dia antes do pedido de demissão, deputados de oposição
haviam se recusado a votar as medidas.
O primeiro-ministro japonês,
Ryutaro Hashimoto, que tinha como prioridade o controle do déficit público, apresentou ao Parlamento este mês um pacote de medidas para recuperar a economia,
após o agravamento da crise do setor bancário e à estagnação da produção industrial.
Ontem, a Organização Mundial
do Comércio (OMC) afirmou que
o Japão deve intensificar a desregulamentação de sua economia
para estimular o consumo interno
e facilitar o acesso de parceiros comerciais.
De acordo com relatório da
OMC, vários setores da economia
japonesa, como agricultura, construção e serviços, permanecem sujeitos a regulamentações restritivas.
Segundo a OMC, a economia do
Japão não melhorou desde a última análise de sua política comercial, realizada em abril de 1995.
Bolsas asiáticas
Os mercados asiáticos tiveram
ontem um dia calmo. Algumas das
principais Bolsas estiveram fechadas devido ao feriado de Ano Novo
(Hong Kong, Cingapura, Taiwan,
Coréia do Sul e Malásia).
O índice Nikkei -que reúne as
principais ações negociadas na
Bolsa de Valores de Tóquio (Japão)- registrou queda de 0,05%.
Em Jacarta (Indonésia), a Bolsa fechou com queda de 0,80%.
Na Tailândia, houve alta de
2,52% devido ao anúncio de que o
Fundo Monetário Internacional
(FMI) vai revisar termos do acordo firmado com o país em troca do
socorro de US$ 17,2 bilhões.
Nas Filipinas, o principal índice
do mercado acionário também fechou com alta de 2,82%.
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