São Paulo, quinta, 29 de janeiro de 1998

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CRISE ASIÁTICA
Demissão do ministro das Finanças favoreceu adesão da oposição ao pacote apresentado pelo governo
Japão aprova redução de impostos

das agências internacionais

A Câmara Baixa do Parlamento japonês aprovou ontem um pacote que inclui gastos públicos de cerca de US$ 37 bilhões e redução de impostos.
Estas são as primeiras de uma série de iniciativas previstas para recuperar a economia do país. Analistas afirmam que as medidas serão aprovadas pela Câmara Alta do Parlamento.
O pedido de demissão do ministro das Finanças, Hiroshi Mitsuzuka, teria influenciado a aprovação das medidas.
Hiroshi assumiu a responsabilidade sobre o escândalo de corrupção em seu ministério iniciado no começo da semana, após a prisão de dois funcionários acusados de receber suborno de bancos.
Um dia antes do pedido de demissão, deputados de oposição haviam se recusado a votar as medidas.
O primeiro-ministro japonês, Ryutaro Hashimoto, que tinha como prioridade o controle do déficit público, apresentou ao Parlamento este mês um pacote de medidas para recuperar a economia, após o agravamento da crise do setor bancário e à estagnação da produção industrial.
Ontem, a Organização Mundial do Comércio (OMC) afirmou que o Japão deve intensificar a desregulamentação de sua economia para estimular o consumo interno e facilitar o acesso de parceiros comerciais.
De acordo com relatório da OMC, vários setores da economia japonesa, como agricultura, construção e serviços, permanecem sujeitos a regulamentações restritivas.
Segundo a OMC, a economia do Japão não melhorou desde a última análise de sua política comercial, realizada em abril de 1995.
Bolsas asiáticas
Os mercados asiáticos tiveram ontem um dia calmo. Algumas das principais Bolsas estiveram fechadas devido ao feriado de Ano Novo (Hong Kong, Cingapura, Taiwan, Coréia do Sul e Malásia).
O índice Nikkei -que reúne as principais ações negociadas na Bolsa de Valores de Tóquio (Japão)- registrou queda de 0,05%. Em Jacarta (Indonésia), a Bolsa fechou com queda de 0,80%.
Na Tailândia, houve alta de 2,52% devido ao anúncio de que o Fundo Monetário Internacional (FMI) vai revisar termos do acordo firmado com o país em troca do socorro de US$ 17,2 bilhões.
Nas Filipinas, o principal índice do mercado acionário também fechou com alta de 2,82%.



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