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BANCOS
Real lucra R$ 2,975 bi em 2007 e supera ganho do Santander
TONI SCIARRETTA
DA REPORTAGEM LOCAL
Comprado no ano passado
pelo espanhol Santander, o
banco ABN Real teve lucro líquido de R$ 2,975 bilhões em
2007, resultado 45% maior
do que o apurado no ano anterior. O ganho supera o R$
1,86 bilhão obtidos no país
pelo próprio banco espanhol,
mas fica abaixo dos R$ 3,45
bilhões do Unibanco, instituição com que disputa o
posto de quarto maior banco.
No mundo, o holandês
ABN Amro teve ganhos da
ordem de 9,848 bilhões no
ano passado, incluindo os
7,162 bilhões obtidos com a
venda do banco La Salle para
o Bank of America nos EUA.
No ano anterior, havia lucrado 4,780 bilhões. Historicamente, a unidade brasileira era a mais rentável e respondia por 15% dos ganhos.
Pressionado pelos acionistas para aumentar o lucro, o
ABN foi alvo no ano passado
da maior disputa já feita na
indústria bancária. Acabou
vendido para um consórcio e
será dividido até setembro.
Segundo Fábio Barbosa,
presidente do banco no Brasil, o crescimento no lucro se
deve ao crescimento do crédito e à expansão da rede de
atendimento, além de ganhos como com a venda da
Serasa e as aberturas de capital da Bovespa e da BM&F.
Sem esses ganhos, o lucro seria de R$ 2,682 bilhões
-30% acima de 2006.
A carteira de crédito cresceu 33% -em ritmo superior os 27% do mercado- e
bateu em R$ 66,1 bilhões. Diferentemente dos demais
bancos, que expandiram o
crédito só para pessoa física,
o Real elevou em 44% a carteira de pequenas e médias
empresas. Os financiamentos para pessoa física aumentaram 33,2%. O destaque negativo ficou por conta
dos empréstimos para grandes empresas, que recuaram
30,6%. "As grandes empresas conseguiram outras formas de financiamento, como
os IPOs [abertura de capital])", disse Barbosa.
O Real abriu 60 novas
agências e contratou 3.000
pessoas no ano passado.
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