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Bernanke descarta estagflação nos EUA
Economia do país cresceu 0,6% no 4º trimestre de 2007
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Em meio a indicadores de desaceleração da economia americana anunciados ontem, como a expansão de 0,6% do PIB
(Produto Interno Bruto) anualizada no quarto trimestre e o
crescimento do número de pedidos de seguro-desemprego
(para 373 mil na semana passada), o presidente do Federal
Reserve (o BC dos Estados Unidos), Ben Bernanke, descartou
a possibilidade de estagflação.
O termo se refere a um baixo
crescimento aliado à alta inflação, como ocorreu nos EUA nos
anos 70. "Não antecipo estagflação. Prevejo que a inflação
baixará e que recuperaremos o
crescimento", disse, em apresentação do relatório semestral
do Fed no Congresso.
Bernanke disse que a crise
pode fazer novas vítimas, com a
quebra de bancos pequenos. A
declaração teve impacto nas
Bolsas, levando o Dow Jones a
fechar com queda de 0,88%.
Desaceleração
A segunda estimativa do PIB
dos EUA do último trimestre
do ano passado ficou bem abaixo do resultado do terceiro trimestre, de 4,9% (corrigido pelo
Departamento do Comércio
dos EUA). Não fosse a melhora
das vendas externas, a economia teria encolhido ao ritmo
anualizado de 0,3%, na primeira queda desde 2001.
O aumento de 19 mil pedidos
de seguro-desemprego (para
377 mil), segundo o Departamento do Trabalho, mostra que
a desaceleração está chegando
ao mercado de trabalho.
O presidente do BC norte-americano reconheceu que os
aumentos de preços de energia
e matérias-primas em geral estão causando "estresse inflacionário", dificultando as respostas do Fed para reverter o
enfraquecimento da economia.
Ao colocar mais dinheiro em
circulação para reduzir as taxas
de juros, o Fed acaba estimulando a inflação. Bernanke disse que está preparado para esse
quadro, mas admitiu: "Estamos
preocupados. Estamos tentando equilibrar vários riscos diferentes uns contra os outros".
Bernanke espera maior crescimento da economia no segundo semestre, como resultado dos cortes de juros feitos
neste ano e do pacote de estímulo à economia.
Para especialistas, o Fed indica que haverá novos cortes na
taxa de juros na reunião do
banco de 18 de março.
Com agências internacionais
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