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Cenário ruim nos EUA evita recorde da Bovespa
Bolsa fecha em alta de 0,09%: dólar vai a R$ 1,669
FABRICIO VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL
Apesar de ter encerrado seu
sétimo pregão seguido em alta,
não foi desta vez que a Bovespa
cravou novo patamar recorde.
A leve valorização de 0,09% de
ontem não foi suficiente para a
Bolsa quebrar o pico de 65.790
pontos registrado em 6 de dezembro passado -ontem fechou a 65.555 pontos.
Durante o pregão, o índice
Ibovespa -que reúne as 64
ações mais negociadas- chegou a marcar 66.005 pontos.
Mas o discurso de Ben Bernanke, presidente do Fed (o banco
central dos EUA), esfriou os investidores. O que desagradou
ao mercado foi o fato de Bernanke ter dito que alguns bancos pequenos podem não suportar a atual crise.
Em Nova York, o índice Dow
Jones registrou desvalorização
de 0,88%. A Bolsa eletrônica
Nasdaq perdeu 0,94%.
Os pregões na Europa também recuaram. A queda na Bolsa de Frankfurt alcançou 1,9%;
em Londres, foi de 1,8%.
Outra notícia que pesou foi a
alta do barril de petróleo, que
atingiu US$ 102,59 em Nova
York, após subir 2,96%.
Na Bovespa, as ações da Petrobras reagiram com alta à elevação do barril de petróleo. A
ação PN (preferencial) da Petrobras teve valorização de
0,52%, sendo a segunda mais
negociada do pregão, com
10,3% do total.
A ação PNA da Vale, que subiu 2,23%, foi a preferida dos
investidores ontem, com 11,2%
de toda a movimentação do dia.
O papel ON (ordinário) da Vale
teve alta de 3,28%. Após o fechamento, a companhia divulgou que obteve lucro de R$ 20
bilhões em 2007.
Outra empresa que divulgou
balanço foi a AmBev, que teve
lucro líquido de R$ 2,8 bilhões
no ano passado. A ação preferencial da empresa se valorizou
2,66% no pregão.
A Bovespa computava até ontem valorização mensal de
10,19%, o que recoloca as ações
como destaque de ganhos dentre as diferentes formas de aplicação financeira.
Dólar mais barato
No mercado de câmbio doméstico, o real manteve-se em
rota de apreciação.
No fim das operações, US$ 1
valia R$ 1,669 -após queda de
0,18% na cotação do dólar.
O dólar já se depreciou em
6,08% em 2008. No ano passado, a queda foi de 16,85%. Analistas afirmam que não há motivos para essa tendência mudar
tão cedo. Assim, a moeda norte-americana deve seguir testando mínimas históricas -ontem
encerrou em seu mais baixo patamar desde maio de 1999.
De sua parte, o BC apenas
tem seguido a política de composição das reservas internacionais. Em outras palavras,
comprando dólares no mercado. Esse tipo de atuação já mostrou não ser suficiente para
conter a apreciação do real.
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