São Paulo, sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

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Cenário ruim nos EUA evita recorde da Bovespa

Bolsa fecha em alta de 0,09%: dólar vai a R$ 1,669

FABRICIO VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL

Apesar de ter encerrado seu sétimo pregão seguido em alta, não foi desta vez que a Bovespa cravou novo patamar recorde. A leve valorização de 0,09% de ontem não foi suficiente para a Bolsa quebrar o pico de 65.790 pontos registrado em 6 de dezembro passado -ontem fechou a 65.555 pontos.
Durante o pregão, o índice Ibovespa -que reúne as 64 ações mais negociadas- chegou a marcar 66.005 pontos. Mas o discurso de Ben Bernanke, presidente do Fed (o banco central dos EUA), esfriou os investidores. O que desagradou ao mercado foi o fato de Bernanke ter dito que alguns bancos pequenos podem não suportar a atual crise.
Em Nova York, o índice Dow Jones registrou desvalorização de 0,88%. A Bolsa eletrônica Nasdaq perdeu 0,94%.
Os pregões na Europa também recuaram. A queda na Bolsa de Frankfurt alcançou 1,9%; em Londres, foi de 1,8%.
Outra notícia que pesou foi a alta do barril de petróleo, que atingiu US$ 102,59 em Nova York, após subir 2,96%.
Na Bovespa, as ações da Petrobras reagiram com alta à elevação do barril de petróleo. A ação PN (preferencial) da Petrobras teve valorização de 0,52%, sendo a segunda mais negociada do pregão, com 10,3% do total.
A ação PNA da Vale, que subiu 2,23%, foi a preferida dos investidores ontem, com 11,2% de toda a movimentação do dia. O papel ON (ordinário) da Vale teve alta de 3,28%. Após o fechamento, a companhia divulgou que obteve lucro de R$ 20 bilhões em 2007.
Outra empresa que divulgou balanço foi a AmBev, que teve lucro líquido de R$ 2,8 bilhões no ano passado. A ação preferencial da empresa se valorizou 2,66% no pregão.
A Bovespa computava até ontem valorização mensal de 10,19%, o que recoloca as ações como destaque de ganhos dentre as diferentes formas de aplicação financeira.

Dólar mais barato
No mercado de câmbio doméstico, o real manteve-se em rota de apreciação.
No fim das operações, US$ 1 valia R$ 1,669 -após queda de 0,18% na cotação do dólar.
O dólar já se depreciou em 6,08% em 2008. No ano passado, a queda foi de 16,85%. Analistas afirmam que não há motivos para essa tendência mudar tão cedo. Assim, a moeda norte-americana deve seguir testando mínimas históricas -ontem encerrou em seu mais baixo patamar desde maio de 1999.
De sua parte, o BC apenas tem seguido a política de composição das reservas internacionais. Em outras palavras, comprando dólares no mercado. Esse tipo de atuação já mostrou não ser suficiente para conter a apreciação do real.


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