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Com nova alta, dívida do governo atinge R$ 1,26 tri
JULIANNA SOFIA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A dívida do governo federal
voltou a crescer em fevereiro e
atingiu a marca histórica de R$
1,260 trilhão. Aproveitando o
cenário favorável antes da queda da Bolsa de Xangai, em fevereiro, o governo realizou uma
pesada emissão de títulos no
mercado interno. Isso, aliado
ao impacto dos juros sobre a dívida, provocou o aumento de
R$ 32 bilhões -expansão de
2,6% em relação a janeiro.
O coordenador-geral de Operações da Dívida do Tesouro
Nacional, Ronnie Tavares, afirmou que o mês passado foi
marcado pela divulgação de indicadores positivos, construindo um ambiente propício para
o Tesouro colocar em prática
sua estratégia de alongamento
da dívida e aumento da participação dos papéis prefixados.
Em fevereiro, as emissões somaram R$ 40,7 bilhões, sendo
R$ 24,8 bilhões com remuneração prefixada.
"No dia 27 de fevereiro, houve aumento da volatilidade por
causa da queda da Bolsa de
Xangai. A partir daí, a turbulência acabou contaminando os
ativos emergentes como um todo. O Tesouro não foi afetado
porque já tinha realizado todos
os leilões previstos para o mês",
relatou o coordenador-geral. A
colocação líquida de papéis fechou o mês em R$ 20,8 bilhões.
Tavares ainda explicou que,
embora o peso dos juros sobre a
dívida tenha caído -de R$ 12,5
bilhões em janeiro para R$ 11,2
bilhões em fevereiro-, isso não
significa uma tendência.
Os números também mostram que no mês passado aumentou o custo médio da dívida pública federal. Segundo os
cálculos do Tesouro com base
nos dados de janeiro, o governo
federal pagava 13% ao ano em
encargos financeiros da dívida.
Em fevereiro, esse percentual
subiu para 13,64%.
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