São Paulo, quinta-feira, 29 de março de 2007

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Com nova alta, dívida do governo atinge R$ 1,26 tri

JULIANNA SOFIA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A dívida do governo federal voltou a crescer em fevereiro e atingiu a marca histórica de R$ 1,260 trilhão. Aproveitando o cenário favorável antes da queda da Bolsa de Xangai, em fevereiro, o governo realizou uma pesada emissão de títulos no mercado interno. Isso, aliado ao impacto dos juros sobre a dívida, provocou o aumento de R$ 32 bilhões -expansão de 2,6% em relação a janeiro.
O coordenador-geral de Operações da Dívida do Tesouro Nacional, Ronnie Tavares, afirmou que o mês passado foi marcado pela divulgação de indicadores positivos, construindo um ambiente propício para o Tesouro colocar em prática sua estratégia de alongamento da dívida e aumento da participação dos papéis prefixados. Em fevereiro, as emissões somaram R$ 40,7 bilhões, sendo R$ 24,8 bilhões com remuneração prefixada.
"No dia 27 de fevereiro, houve aumento da volatilidade por causa da queda da Bolsa de Xangai. A partir daí, a turbulência acabou contaminando os ativos emergentes como um todo. O Tesouro não foi afetado porque já tinha realizado todos os leilões previstos para o mês", relatou o coordenador-geral. A colocação líquida de papéis fechou o mês em R$ 20,8 bilhões.
Tavares ainda explicou que, embora o peso dos juros sobre a dívida tenha caído -de R$ 12,5 bilhões em janeiro para R$ 11,2 bilhões em fevereiro-, isso não significa uma tendência.
Os números também mostram que no mês passado aumentou o custo médio da dívida pública federal. Segundo os cálculos do Tesouro com base nos dados de janeiro, o governo federal pagava 13% ao ano em encargos financeiros da dívida. Em fevereiro, esse percentual subiu para 13,64%.


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