São Paulo, sábado, 29 de abril de 2000


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AVIAÇÃO COMERCIAL
Companhias antecipam anúncio de mudanças, cujo objetivo é cortar custos e melhorar serviços
TAM e Transbrasil vão combinar vôos

Carlos Eduardo/Folha Imagem
Avião da Vasp é conduzido no aeroporto de Brasília após detecção de furo na fuselagem


MARCELO BILLI
da Reportagem Local

As especulações a respeito da provável fusão entre as companhias aéreas TAM e Transbrasil aceleraram o anúncio, feito ontem, de um acordo comercial entre as duas empresas.
O anúncio, que deveria ser feito na próxima semana, foi antecipado devido aos rumores em torno das possíveis mudanças que poderiam ocorrer nas empresas.
A partir da próxima quarta-feira, as duas companhias vão reorganizar seus vôos para reduzir custos, melhorar os serviços e tentar se livrar dos prejuízos que todo o setor de aviação brasileiro vem amargando. Em 1999, por exemplo, TAM e Transbrasil tiveram prejuízos de R$ 129 milhões e R$ 87 milhões, respectivamente.
O diretor do DAC (Departamento de Aviação Civil), major brigadeiro Venâncio Grossi, já deu luz verde para a concretização do acordo, que inclui a menina dos olhos da aviação brasileira, a ponte aérea Rio-São Paulo, e as linhas internacionais das duas companhias.
A Transbrasil já anunciou que, em consequência da racionalização prevista pelo acordo, deve devolver seis das atuais 22 aeronaves da companhia.
Durante os próximos dias os técnicos das empresas finalizarão os detalhes do acordo: quais vôos serão eliminados, que cidades cada companhia vai atender e como os serviços serão compartilhados. Todas as rotas em que as duas empresas tiverem vôos em horários similares e em que o número de passageiros for pequeno devem sofrer alterações.
Segundo as empresas, os usuários não devem ser prejudicados pelas mudanças. Ao contrário, as companhias prevêem melhora na qualidade dos serviços.
Como o DAC ainda não teve acesso a todos os detalhes do acordo, ele não foi oficialmente concretizado. Por esse motivo, existe a possibilidade de o major Venâncio Grossi vetar algum item no documento.
O acordo pode ser o termômetro que as empresas precisam para avaliar a possibilidade de fusão. Os presidentes das duas companhias, Paulo Henrique Coco, da Transbrasil, e Rolim Amaro, da TAM, não comentaram o acordo.
Segundo as empresas, o acordo não resultará em demissão de funcionários. "Pelo contrário, vamos crescer depois da racionalização", diz a assessoria da TAM.
A TAM não deve diminuir o número de aeronaves com que opera. A empresa tem um plano de renovação de frota no qual investiu US$ 1,95 bilhão. Segundo a assessoria, no ano passado foram trocadas 10 aeronaves e, este ano, outras 26 aeronaves da companhia devem ser substituídas.


Colaborou a Sucursal do Rio

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