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3 mi deixam entrega da declaração do IR para os últimos dias
Prazo final é amanhã, às 20h (horário de Brasília); contribuinte deve evitar última hora, pois internet pode ficar congestionada
Declarar pela internet é mais fácil e rápido, além de também facilitar eventual retificação; formulários só nos Correios, por R$ 3,40
MARCOS CÉZARI
DA REPORTAGEM LOCAL
Cerca de 3 milhões de contribuintes deixaram para entregar as declarações do Imposto
de Renda nos dois últimos dias
(hoje e amanhã). No ano passado, 4,5 milhões enviaram as declarações nos dois últimos dias
de entrega, 27 e 28 de abril.
Até sexta-feira, 19 milhões de
contribuintes já estavam em
dia com o fisco -80% dos 23,5
milhões de declarações que a
Receita Federal espera receber.
Com base na média dos últimos
dias, ontem a entrega deve ter
chegado a 20,5 milhões.
Amanhã, às 20h (horário de
Brasília), termina o prazo para
os contribuintes entregarem as
declarações deste ano. Aviso
aos que costumam deixar para
a última hora: como acontece
desde 1996, o prazo não será
prorrogado pela Receita.
O prazo final das 20h de amanhã vale para quem usar a internet. Detalhe importante: a
Receita não recebe declarações
pela internet da 1h às 5h (o sistema pára para manutenção).
Assim, amanhã os contribuintes terão apenas 15 horas para
enviar as declarações.
Quem for entregar em disquete (apenas nas agências do
Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal) ou em formulários impressos (apenas nas
agências dos Correios) precisa
ficar atento, pois a entrega será
feita somente durante o horário normal de funcionamento
das agências. Não haverá atendimento extra a retardatários.
No quadro ao lado estão algumas das principais informações necessárias para fazer a
declaração: quem está obrigado
a declarar, a tabela para calcular o imposto e os abatimentos
permitidos pela legislação.
Internet facilita
Fazer a declaração pela internet é a maneira mais fácil e
rápida de prestar contas ao fisco -hoje, 98% dos contribuintes usam a internet. Basta baixar o programa no site www.receita.fazenda.gov.br.
Após fazer a declaração, é recomendável tirar uma cópia e
verificar se não há erros de digitação, como valores, CPFs ou
CNPJs incorretos. Um simples
erro desse tipo pode deixar a
declaração presa na malha fina.
Se houver erros, é fácil corrigi-los. Uma vez revisada e gravada em disquete, basta instalar o programa Receitanet
(também disponível no site da
Receita) e enviar a declaração.
Depois, o contribuinte deve tirar ao menos uma cópia da declaração e do recibo de entrega.
O ideal é guardar tudo -cópias,
disquete e documentos usados
na declaração- em um envelope. No ano que vem, o disquete
será usado para recuperar algumas informações da declaração deste ano.
Pela internet também é possível enviar a declaração pelo
sistema on-line, sem o programa da Receita. Basta entrar no
mesmo site, preencher a declaração e enviá-la.
Essa sistemática, porém, tem
algumas restrições. Só pode ser
usada pelo contribuinte que tinha, em 31 de dezembro de
2006, bens de valor não superior a R$ 20.000 e que opte pelo desconto-padrão de 20%, limitado a R$ 11.167,20.
Além dessas, há outras restrições: a on-line não pode ser
usada por quem teve mais de
uma fonte de renda, por quem
recebeu rendimentos sujeitos
ao carnê-leão (em geral, os autônomos), por quem vendeu
bens e obteve ganho de capital,
por quem realizou operações
em Bolsas de Valores etc.
A declaração em formulários
impressos (tanto no modelo
completo como no simplificado) é a que dá mais trabalho ao
contribuinte, por vários motivos: é preciso apanhar o formulário na Receita ou nas agências dos Correios; depois de
preenchida (com máquina de
escrever ou em letra de forma),
a declaração só poderá ser entregue nos Correios, ao custo
de R$ 3,40 (pagos pelo contribuinte); se houver erros é mais
difícil corrigi-los antes da entrega; após a entrega, a Receita
não permite a retificação do
formulário (nesse caso, para
corrigir eventual erro será preciso entregar a declaração retificadora pela internet).
Declarações entregues em
formulário dão mais trabalho
ao contribuinte e à Receita. Por
isso, são as últimas a serem
processadas, o que atrasa a restituição -para quem tem esse
direito. Por todos esses motivos, a Receita recomenda-se
que os contribuintes evitem a
entrega em formulário.
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