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Com semana
Carregada,volatilidade pode voltar
Quarta saem a ata do Fed
e os novos juros do Copom
DA REPORTAGEM LOCAL
A semana terá uma carregada agenda de indicadores econômicos nacionais e estrangeiros, com força suficiente para
trazer de volta volatilidade ao
mercado financeiro global. Hoje o dia tende a ser mais calmo,
com o feriado que irá fechar o
mercado norte-americano.
Na quarta, o Fed (o banco
central dos EUA) irá divulgar a
ata da última reunião do Fomc
(seu comitê de política monetária). O documento trará informações sobre os motivos que
levaram o Fomc a elevar a taxa
básica americana no último dia
10, de 4,75% para 5% anuais.
Além disso, o documento pode
conter sinais sobre o futuro da
política monetária no país.
Nos Estados Unidos também
serão conhecidos os dados de
maio sobre emprego, na sexta-feira, que podem dar uma idéia
de como anda o aquecimento
da economia do país. Uma criação de postos de trabalho muito
acima do esperado pode indicar
que a economia está se aquecendo mais que o previsto, o
que representa um risco maior
de inflação.
Como são as incertezas em
relação aos rumos dos juros nos
EUA que têm agitado o mercado -e pressão inflacionária se
combate com juros maiores-,
os dados podem trazer desconforto aos investidores.
"Preocupações dos investidores em relação ao atual processo de ajuste da economia
norte-americana provocaram
forte volatilidade nos mercados
mundiais na semana [passada]", diz Eduardo Kondo, analista da corretora Concórdia.
Na zona do euro, dados dos
preços ao consumidor serão
apresentados na quarta-feira. A
expectativa é de que a taxa se
mantenha no mesmo nível verificado em abril.
O Brasil terá na quarta-feira
importantes eventos.
Pela manhã, será conhecido
o resultado do PIB (Produto Interno Bruto) do primeiro trimestre do ano. E para o início
da noite é esperada a divulgação da nova taxa básica de juros
brasileira, a Selic.
Copom
O Copom (Comitê de Política
Monetária do BC) se reunirá
entre amanhã e quarta para definir como fica a taxa Selic, que
está em 15,75% anuais.
A maioria do mercado espera
que a Selic seja reduzida para
15,25%.
Na semana passada, com a
piora do mercado global, analistas e economistas chegaram
a considerar a possibilidade de
o Copom optar pela manutenção da taxa Selic -tese que perdeu força nos últimos dias da
semana.
Na sexta-feira passada, as taxas dos contratos DI (Depósito
Interfinanceiro, que mostram
as projeções futuras para os juros) recuaram.
O DI mais negociado, que
tem vencimento em janeiro de
2008, fechou na sexta na
BM&F (Bolsa de Mercadorias
& Futuros) a 15,34%, contra
15,82% de quinta-feira.
A taxa do DI com resgate no
próximo mês recuou de 15,40%
para 15,34% anuais no pregão
de sexta-feira.
Recuperação
A Bolsa de Valores de São
Paulo, depois de registrar seu
pior pregão do ano na segunda-feira, quando perdeu 3,28%, se
recuperou nos outros dias. No
acumulado da semana, o Ibovespa (principal índice da Bolsa, composto pelas 55 ações de
maior liquidez), marcou 2,38%
de alta.
Mas no mês a Bovespa ainda
acumula desvalorização expressiva, de 4,30%.
A saída de investidores estrangeiros em maio foi a principal responsável pela queda da
Bolsa. No mês, até o dia 24, as
vendas de ações feitas pelos estrangeiros superavam as compras em R$ 1,19 bilhão.
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