São Paulo, quinta-feira, 29 de maio de 2008

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Reino Unido pede ação para conter os preços do petróleo

Em meio a protestos na Europa, premiê britânico diz que tema será debatido pelo G8

Depois de cair mais de US$ 3 anteontem, preço do barril voltou a subir ontem, com a previsão de que a cotação chegará a US$ 150 neste ano


DA REDAÇÃO

Em meio a uma série de protestos contra o preço da gasolina no Reino Unido e em outros países, o primeiro-ministro britânico, Gordon Brown, afirmou que o mundo está vivendo um novo choque do petróleo e que serão necessárias ações coordenadas para conter a alta na cotação do combustível.
O premiê disse que somente uma estratégia internacional poderá abaixar os preços do petróleo e que o tema será uma das prioridades na próxima reunião do G8 (grupo dos sete países mais industrializados e a Rússia), marcada para julho.
A manifestação de Brown ocorreu depois que centenas de caminhoneiros bloquearam o trânsito de Londres, reclamando dos altos preços dos combustíveis. Eles afirmam que o preço aumentou quase 50% nos últimos 12 meses e exigem uma restituição -o país tem o maior tributo sobre combustível da União Européia.
As reclamações não ficam restritas ao Reino Unido. Na França -onde o presidente Nicolas Sarkozy propôs que uma parte do aumento de arrecadação com os preços de energia seja usada para ajudar as famílias mais atingidas-, os pescadores continuaram com os seus protestos. Diversas categorias profissionais na Itália, na Espanha, na Holanda e na Bulgária também começaram ou pretendem realizar manifestações nos próximos dias.
Depois de cair mais de US$ 3 anteontem, com os temores sobre a economia americana, a cotação do petróleo voltou a subir ontem e superou novamente a barreira dos US$ 130. Em Nova York, o preço do barril aumentou 1,69%, valendo US$ 131,03 no final do pregão. A alta na Bolsa de Londres, de 2,04%, levou o produto a US$ 130,93.
O principal motivo para a alta de ontem foi a previsão de um economista do banco de investimento Morgan Stanley de que o preço do barril pode superar facilmente os US$ 150 neste ano e que o aumento da cotação não será suficiente para conter o consumo em ascensão dos países emergentes, como a China e a Índia.
A expansão da demanda desses países é apontada como um dos motivos para o ciclo atual de alta nos preços do barril de petróleo, e há analistas que prevêem que ele poderá chegar a US$ 200 dentro de dois anos.


Com agências internacionais


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