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TRABALHO
Taxa de desemprego na região metropolitana teve em maio a 1ª queda do ano, aponta pesquisa Seade/Dieese
SP registra recorde na criação de vagas
FABIANA FUTEMA
DA FOLHA ONLINE
O desemprego na região metropolitana de São Paulo caiu de
20,7% em abril para 19,7% da PEA
(População Economicamente
Ativa) em maio. Foi a primeira
queda desde dezembro de 2003,
quando a taxa de desemprego ficou em 19,1%, após bater em
19,9% em novembro.
A redução foi puxada pela geração de 157 mil postos de trabalho,
a maior criação de vagas já registrada desde 1985, quando a PED
(Pesquisa de Emprego e Desemprego) começou a ser feita pela
Fundação Seade/Dieese.
Desse total, 54 mil vagas foram
geradas pela indústria, que liderou a criação de empregos na região metropolitana de São Paulo.
Esse comportamento diferencia-se da PME (Pesquisa Mensal
de Empregos) do IBGE (Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística), que mostrou na semana passada que o aumento do nível de
ocupação se deu por conta de vagas criadas pelo setor público.
A criação recorde de empregos
compensou a entrada de 73 mil
pessoas no mercado de trabalho e
reduziu em 84 mil o número de
desempregados na região, que foi
estimado em 1,960 milhão pela
Fundação Seade/Dieese.
"A ocupação já havia crescido
no mês passado [criação de 124
mil vagas em abril], mas numa
proporção menor em relação ao
aumento de pessoas buscando
emprego. Em maio, a ocupação
cresceu mais do que a PEA, o que
derrubou o desemprego", disse o
diretor de pesquisas da Fundação
Seade, Sinésio Pires Ferreira.
Segundo ele, outro fator positivo foi a "ampliação generalizada
no nível de ocupação" em maio.
"Houve ampliação da ocupação
em todos os setores da economia,
o que aponta para a criação de vagas relativamente consistentes."
Para os próximos meses, a Fundação Seade/Dieese prevê a manutenção da trajetória de queda
da taxa do desemprego. "A tendência é de melhora. Até por uma
questão de sazonalidade, já que o
segundo semestre costuma ser
melhor do que o primeiro para o
mercado de trabalho", disse Pires
Ferreira, da Fundação Seade.
A renda dos trabalhadores da
região registrou ligeira queda de
0,4%, passando a corresponder a
R$ 940 (recebidos em maio).
Economia
Os segmentos de vestuário e alimentação foram os que mais criaram postos de trabalho na indústria em maio, com aumentos no
nível de ocupação, na comparação com abril, de 7,8% e 7,6%, respectivamente. Para Pires Ferreira,
esses são segmentos que respondem rapidamente aos sinais de
reativação da economia. "Aparentemente, a reativação começa
a se refletir na taxa de desemprego
de forma positiva." Ele prevê continuidade da geração de empregos, já que a proporção de trabalhadores que fazem hora extra subiu de 40,1% em abril para 46,3%
em maio. "Depois de usar a hora
extra para ampliar a produção, o
próximo passo é criar vagas."
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