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MERCADO FINANCEIRO
Bolsa registra o menor volume do mês
da Reportagem Local
No aguardo da reunião mensal
do Fed (banco central dos EUA),
que começa hoje e vai até amanhã,
os investidores adotaram uma
postura de cautela e poucos negócios ontem.
A Bolsa de Valores de São Paulo
registrou o volume financeiro
mais baixo do mês, com R$
271,301 milhões. O giro foi 59,49%
menor do que o registrado na média diária de junho.
Contribuiu para o fato a diminuição do horário de funcionamento do pregão da Bolsa. Antes,
ela começava às 10h e fechava às
18h. Desde ontem, fecha às 17h15.
Mas desde o começo do dia o ritmo de negócios era muito fraco.
Dificilmente a Bolsa conseguiria
chegar aos R$ 346,623 milhões de
14 de junho (o segundo volume
mais fraco do mês).
Os investidores estão esperando
para saber se o Fed vai aumentar
os juros nos EUA (é quase certo
que aconteça) e em quanto (a
aposta é de 0,25 ponto percentual). Antes dessa decisão, os negócios devem permanecer praticamente parados.
O bom desempenho da Bolsa de
Nova York (fechou em alta de
0,97%) estimulou a Bovespa.
A prorrogação no desconto do
IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) até dezembro -iria
expirar amanhã- também trouxe
tranquilidade ao mercado. Apesar
de ser um desconto em operações
de renda fixa, a prorrogação deve
ajudar a manter capital externo no
país, diminuindo a turbulência.
O dólar comercial apresentou
recuo de 0,89% em relação a sexta-feira, fechando cotado a R$
1,777 para venda.
O governo anunciou que irá leiloar, amanhã, um lote de R$ 1,5
bilhão em títulos corrigidos pela
variação cambial mais juros.
Os papéis estão tendo grande
aceitação, principalmente por investidores em busca de "hedge"
(proteção). Eles compram os títulos e se protegem da eventualidade
de uma grande variação cambial.
O anúncio fez com que caísse a
procura por dólares em banco
(para remessa ao exterior). Os negócios com o dólar futuro também
recuaram.
Ontem foi menor o vencimento
de títulos de dívidas brasileiras no
exterior (eurobônus) -US$ 225
milhões, contra US$ 580 milhões
de sexta passada. Há US$ 700 milhões vencendo até sexta-feira, o
que pode provocar pressão no
câmbio. (MARCELO DIEGO)
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