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Bernardo reage
a críticas sobre
alta nos gastos
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O ministro Paulo Bernardo (Planejamento) reconheceu que neste ano haverá
piora no endividamento,
mas reagiu às críticas sobre o
aumento dos gastos públicos
e a piora no resultado fiscal
do governo afirmando que
essas análises são "um discurso surrado".
Segundo ele, a relação entre a dívida e o PIB (Produto
Interno Bruto) deverá chegar a 41% no fim deste ano,
ante os 39% previstos pelo
governo em abril. Quando
esse indicador sobe muito, as
chances de o país não ter dinheiro para honrar os credores aumenta.
De acordo com o ministro,
o país retomará um superávit primário elevado a partir
do ano que vem, quando a
meta é de 3,3% do PIB. Neste
ano, no entanto, ele reconhece que foi preciso reduzir o
"rigor fiscal" (de 3,3% do PIB
para até 1,35%) diante da redução na arrecadação, das
desonerações e da manutenção dos investimentos e gastos sociais.
Para Bernardo, as medidas
do governo para enfrentar a
crise causarão "pouca sequela fiscal" quando comparadas às tomadas por países como os EUA, que tiveram déficit superior a US$ 1 trilhão
no ano fiscal encerrado em
junho de 2009.
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