São Paulo, quarta-feira, 29 de julho de 2009

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Órgão tem orçamento de R$ 43 bi

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Na disputa pela presidência do Codefat, o que está em jogo é o comando do órgão colegiado que administrará em 2010 -ano de eleições presidenciais- um orçamento estimado de R$ 43 bilhões, que serão convertidos em benefícios para o trabalhador e linhas de financiamento ao setor produtivo.
Desde que assumiu o Ministério do Trabalho, Carlos Lupi contou a maior parte do tempo com um aliado na presidência do conselho. Desde 2007, Luiz Fernando Emediato, representante da Força Sindical, é o presidente do Codefat. A central é comandada pelo deputado Paulo Pereira da Silva, colega de legenda de Lupi.
Presidente do PDT, Lupi acabou se licenciando depois que foi alvo de acusações de favorecimento político com dinheiro do FAT. As denúncias motivaram uma recomendação da Comissão de Ética para que Lupi deixasse o cargo -sob alegação de conflito de interesses devido à acumulação dos dois cargos.
Os recursos do FAT têm sido cada vez mais alvo de conflitos políticos, disputas de poder e denúncias de desvio. O TCU (Tribunal de Contas da União) já constatou várias irregularidades nos convênios assinados entre o Ministério do Trabalho e entidades civis para a qualificação de trabalhadores.
Em 2003, apontou indícios de fraudes em convênios com a Força Sindical, a CUT, além da Fiesp e da Associação Nacional de Sindicatos Social-Democratas e Instituto Cultural do Trabalho. Isso levou ao fim do repasse de recursos do FAT diretamente às centrais sindicais.
Mas a gestão do fundo a partir de agora também será motivo para dor de cabeça. Devido aos elevados volumes de pagamento de seguro-desemprego e à redução da arrecadação, o FAT deverá entrar em déficit operacional já a partir deste ano.


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