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Órgão tem
orçamento de R$ 43 bi
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Na disputa pela presidência do Codefat, o que
está em jogo é o comando
do órgão colegiado que administrará em 2010 -ano
de eleições presidenciais-
um orçamento estimado
de R$ 43 bilhões, que serão convertidos em benefícios para o trabalhador e
linhas de financiamento
ao setor produtivo.
Desde que assumiu o
Ministério do Trabalho,
Carlos Lupi contou a
maior parte do tempo com
um aliado na presidência
do conselho. Desde 2007,
Luiz Fernando Emediato,
representante da Força
Sindical, é o presidente do
Codefat. A central é comandada pelo deputado
Paulo Pereira da Silva, colega de legenda de Lupi.
Presidente do PDT, Lupi acabou se licenciando
depois que foi alvo de acusações de favorecimento
político com dinheiro do
FAT. As denúncias motivaram uma recomendação
da Comissão de Ética para
que Lupi deixasse o cargo
-sob alegação de conflito
de interesses devido à acumulação dos dois cargos.
Os recursos do FAT têm
sido cada vez mais alvo de
conflitos políticos, disputas de poder e denúncias
de desvio. O TCU (Tribunal de Contas da União) já
constatou várias irregularidades nos convênios assinados entre o Ministério
do Trabalho e entidades
civis para a qualificação de
trabalhadores.
Em 2003, apontou indícios de fraudes em convênios com a Força Sindical,
a CUT, além da Fiesp e da
Associação Nacional de
Sindicatos Social-Democratas e Instituto Cultural
do Trabalho. Isso levou ao
fim do repasse de recursos
do FAT diretamente às
centrais sindicais.
Mas a gestão do fundo a
partir de agora também
será motivo para dor de
cabeça. Devido aos elevados volumes de pagamento de seguro-desemprego
e à redução da arrecadação, o FAT deverá entrar
em déficit operacional já a
partir deste ano.
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