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INFORMÁTICA
Desempenho de softwares foi melhor; volume geral de vendas cresceu cerca de 25%, diz organização
Fenasoft desaponta em venda de máquina
JULIANA GARÇON
da Reportagem Local
Apesar da grande oferta de crédito -mais de 11 bancos ofereciam
financiamento-, a Fenasoft'97,
maior feira de software da América
Latina, que terminou no sábado,
decepcionou fabricantes e revendedores de máquinas.
Poucos expositores admitiram
não ter cumprido as próprias metas, mas diversos disseram que a
venda de equipamentos não alcançou os níveis esperados.
Pouca disposição do consumidor para contrair financiamentos,
pequena diferença de preço entre
os equipamentos comercializados
na feira e fora dela e a competição
excessiva seriam as razões para esse desempenho. Além disso, a Fenasoft'97 não apresentou muitos
lançamentos em hardware.
A Boss Computer, por exemplo,
revendedora de micros da marca
Five Star, vendeu, em 96, R$ 1 milhão, em um estande de 25 metros
quadrados. O resultado levou a
empresa a ampliar a área na edição
97 da feira: o estande tinha 60 metros quadrados. As vendas, no entanto, foram da ordem de R$ 500
mil, ou metade do valor faturado
no ano passado durante a feira.
Ressabiada, a revendedora ainda
não fechou contrato para participar da Fenasoft no ano que vem.
Vai esperar para ver como o mercado se comporta.
A Apple fez promoções especiais
e parcerias com 20 varejistas na Fenasoft. A máquina que é vendida
normalmente a R$ 1.950 custava
R$ 1.599 na feira.
Mesmo assim, vendeu 2.300
computadores -200 a menos que
na edição de 96 da feira. A empresa
vendeu também 2.000 impressoras, mas não revela o quanto isso
representa em relação às vendas
anuais.
A IBM não divulgará o resultados obtidos na feira. A Itautec deve
fechar hoje seu balanço das vendas
realizadas durante o evento.
Quadro positivo
Para o setor de softwares, o quadro foi mais positivo, até porque
os produtos têm custo menor. Há
CD-ROMs até por R$ 5.
A Microsoft, maior produtora
mundial de softwares, vendeu R$ 2
milhões durante a feira -e considera sua meta cumprida. No ano
fiscal de 96, a empresa faturou no
Brasil R$ 139,5 milhões.
A Techware, fabricante de softwares para recursos humanos, diz
que os negócios alavancados na
feira devem gerar cerca de R$ 200
mil. O faturamento total projetado
para 97 é de R$ 7 milhões.
Para Max Gonçalves, presidente
da Fenasoft, a feira foi um sucesso
pois teve a maior renovação da
própria história. De acordo com
ele, todo o espaço -quase 60 mil
metros quadrados- para a edição
98 já está fechado.
A feira recebeu cerca de 1,2 milhão de visitas, segundo Gonçalves. Isso não significa que esse foi o
número de pessoas que visitaram a
Fenasoft, já que há quem vá repetidas vezes durante os seis dias da
feira. No ano passado, cerca de 1
milhão de pessoas foi ao evento.
Ele ressalta que em 97 foram vendidos mais scanners, microfones e
caixas de som que no ano passado,
pois a feira serve também para que
as empresas mostrem seus produtos. Gonçalves acredita que o crescimento real em volume de vendas
ficou em torno de 20% a 25%.
Segundo Gonçalves, produtos
corporativos venderam bem durante a feira. Era esperado que os
usuários domésticos, que vêm aumentando a participação no volume de vendas da Fenasoft, fossem
o destaque.
Para ele, as expectativas da feira
foram alcançadas. "A linha de crédito oferecida -de R$ 250 milhões- se esgotou no terceiro
dia", diz. Além disso, explica, é natural que produtos de menor valor
agregado tenham volume de vendas superiores aos de maior valor
agregado.
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