|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
COMBUSTÍVEIS
Estoques da Grande São Paulo deve durar até amanhã; interior do Estado também foi atingido
Postos do Rio já estão sem combustível
da Sucursal do Rio
Aproximadamente 20% dos
postos de gasolina
do Estado do Rio
estavam completamente desabastecidos ontem, segundo avaliação do
Sindicato do Comércio Varejista
de Derivados de Petróleo do Estado. A perda diária de faturamento
estimada é de R$ 2 milhões.
De acordo com o presidente do
sindicato, Ricardo Lisboa Viana,
o setor pode entrar em colapso,
caso a greve continue.
No final da tarde de ontem, a estimativa era de que, até as 22h,
80% dos postos do Estado estariam sem nenhum combustível, o
que representaria uma perda de
faturamento de R$10 milhões.
Na capital, alguns postos já
apresentavam falta de gasolina
desde a noite de anteontem.
Cerca de 800 caminhões, segundo a liderança do movimento,
permaneceram parados durante
o dia de ontem em frente à Reduc
(Refinaria Duque de Caxias), na
Baixada Fluminense.
Os caminhoneiros estão impedindo a saída de caminhões-tanque com combustível da refinaria.
Somente no final da tarde de ontem, eles concordaram em liberar
25 caminhões (5 de cada uma das
grandes distribuidoras) para
abastecer frotas de ônibus, táxis e
de outros serviços públicos essenciais, como hospitais.
A liberação dos caminhões
aconteceu em reunião dos líderes
dos caminhoneiros no local com
o comandante da Polícia Militar
na Baixada Fluminense, coronel
D'Ambrósio, e com o superintendente da Polícia Rodoviária Federal no Rio, inspetor Sergio Max.
""É só para serviços essenciais.
Não é para abastecer carro de bacana. Eu garanto a vocês", disse
D'Ambrósio, diante da assembléia de cerca de 150 motoristas
que ratificou a liberação.
""Estou instruído para agir com
rigor, mas tenho visto a situação
dos caminhões nas estradas e tenho de ser sensível ao problema
de vocês", afirmou Max.
Segundo o delegado sindical
Jorge Monteiro, a quase totalidade dos caminhões parados na Reduc é de transportadores de cimento do pólo de Cantagalo (RJ)
e de tanqueiros que transportam
combustíveis da refinaria.
A entrega do produto foi prejudicada ontem em cidades como
Bauru, Ribeirão Preto, Santos,
São José do Rio Preto e São José
dos Campos (no Estado de São
Paulo), que ficam entre os centros
de distribuição de combustíveis e
os piquetes dos caminhoneiros.
Na Grande São Paulo, o estoque
de combustíveis deve durar até
amanhã, segundo o presidente da
Sincopetro, José Alberto de Paiva.
"Os postos têm estoques para
quatro dias. O abastecimento na
capital só está garantido até sexta
(amanhã)", disse Paiva.
Texto Anterior: Produtores rurais apóiam protestos Próximo Texto: Ônibus têm atraso de até 21 h em SP Índice
|