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Estoques caem com informática e juros
da Redação
A rapidez com que a greve dos
caminhoneiros está prejudicando
o abastecimento, particularmente
nos grandes centros urbanos, tem
pelo menos duas explicações:
1) a informatização progressiva
de toda a cadeia produtiva, da indústria ao varejo, o que vem agilizando o abastecimento;
2) o alto custo do dinheiro (juros) para manter estoques, constituindo-se em mais uma razão
para as empresas investirem em
modernos sistemas de gestão.
Omar Assaf, presidente da Associação Paulista de Supermercados, diz que, de 1995 para cá, o setor está investindo cerca de R$ 2
bilhões por ano só em sistemas
informatizados de gestão.
Ele explica que isso não se resume à compra de computadores.
Envolve sistemas de transmissão
de informações que tornam muito rápida e eficiente toda a cadeia
de abastecimento. Como consequência, as empresas trabalham
com menos estoques.
Estoques que antes eram para
10 ou 15 dias estão hoje entre 3 e 4,
como é o caso dos produtos de
cesta básica. Outros, que duravam de 30 a 35 dias, caíram para
12 ou 15 dias, informa Assaf.
Nesse processo de busca de eficiência, explica ele, a transmissão
de dados irá instantaneamente do
caixa do supermercado ao fornecedor, deste para sua logística de
transporte e assim por diante.
A maior eficiência explica, segundo Assaf, o fato de o nível médio de preços nos supermercados
ter subido bem abaixo da inflação
no período do Plano Real. A concorrência no setor, acrescenta, está relacionada à eficiência.
Juros
As empresas procuram trabalhar com baixa estocagem também porque o custo financeiro
para mantê-la é muito alto em relação à inflação.
Se os juros básicos estão pouco
acima de 20% ao ano, empréstimos bancários não saem por menos de 60% ou 70% ao ano.
Com a relativa estabilidade da
inflação, os consumidores também deixaram de fazer estoques
de alimentos, por exemplo. Além
disso, parte dos alimentos é perecível.
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