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Assessor acha que viagem pode ocorrer
de Buenos Aires
O secretário-geral da Presidência da Argentina, Alberto Cohen,
afirmou que não há motivos para
adiar uma eventual viagem do
presidente Carlos Menem ao Brasil, em agosto.
Segundo ele, os atritos comerciais entre Brasil e Argentina não
afetam as relações políticas dos
dois países. "As relações são excelentes", disse ele.
As declarações de Cohen foram
feitas um dia depois que autoridades brasileiras afirmaram que não
haveria clima para um visita de
Menem ao Brasil, no início de
agosto.
No front comercial, a Argentina
continua cobrando compensações do Brasil. O vice-chanceler
argentino, Andrés Cisneros, afirmou que, devido à desvalorização
do real, é preciso haver alguma
medida em favor da Argentina.
Na sexta-feira o vizinho brasileiro decidiu adotar uma resolução que permite a adoção de medidas de proteção temporárias
dentro do âmbito do Mercosul.
Esse tipo de medida, conhecida
por salvaguarda, é considerado
inaceitável pelo Brasil.
Como reação à medida argentina, o Brasil convocou uma reunião urgente do Mercosul para a
próxima semana, na qual será discutida e avaliada a decisão do parceiro brasileiro.
Com relação ao confronto entre
os dois países, Cisneros disse que
é preciso colocar as coisas no seu
devido lugar.
Segundo ele, o conflito comercial entre os dois países não pode
ser considerado uma Terceira
Guerra Mundial.
Na opinião do vice-chanceler
argentino, as tensões atuais foram
provocadas por falta de regras no
Mercosul para enfrentar momentos de instabilidade. "O Mercosul
não tem um mecanismo ágil para
corrigir as distorções, portanto
seguimos aos trancos e barrancos", afirmou Cisneros.
Para esquentar ainda mais a
temperatura, o vice-presidente da
Siderar, Javier Tizado, pediu, em
audiência pública, o estabelecimento de direitos de antidumping provisórios contra chapas de
aço brasileiras. Se o pleito for aceito, o aço brasileiro enfrentará barreiras para entrar na Argentina.
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