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FUNDO DO POÇO
Retração de 1,6% no segundo trimestre foi maior que a esperada, mas economia já apresenta sinais de recuperação
PIB tem maior queda desde a crise asiática
DA REDAÇÃO
Os juros e o aperto fiscal machucaram a economia brasileira muito mais do que se imaginava. O PIB (Produto Interno Bruto) caiu 1,6%
no segundo trimestre em comparação com os
três primeiros meses do ano. Foi a maior queda trimestral desde os três primeiros meses de
1998, no auge da crise asiática. O consumo das
famílias brasileiras, sinal de bem-estar da população, registrou queda histórica de 4%. O
volume de investimentos caiu 6,4%. Para analistas, os investimentos na economia poderão
chegar ao pior nível desde os anos 60. Foi o segundo trimestre seguido de queda do PIB, o
que indicaria uma recessão, segundo o critério
mais adotado. O governo admite a gravidade
dos números, mas rejeita a recessão. Prefere a
comparação dos dados semestrais e anuais, segundo os quais a economia teria crescido 0,3%
e 1,6%, respectivamente. Baseado em sinais recentes de recuperação, o Ministério do Planejamento diz que o pior já passou.
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