São Paulo, domingo, 29 de agosto de 2004

Próximo Texto | Índice

PAINEL S.A.

Na mesa
Têm se intensificado encontros de diretores da TAM e da Gol com autoridades do governo. Na mesa, uma solução para a Varig. Uma das saídas em estudo contempla a possibilidade de a Varig ser repartida entre a TAM e a Gol. O problema é saber que fim terá a dívida de US$ 5,5 bilhões da Varig.

Emprego em baixa
O nível de emprego da construção pesada caiu 1,04% em julho, a terceira queda consecutiva. Segundo o Sinicesp (sindicato do setor), no comparativo com 2003, a queda foi de 6,56%, com o fechamento de 2.334 postos de trabalho.

Exportação
A Fiat retomou em julho os embarques para a Espanha, de onde estava ausente desde 2000, e passou a atuar no Leste Europeu. A empresa pretende dobrar suas exportações em 2004, de 40 mil para 80 mil veículos.

Em alta
A Brasilprev Seguros e Previdência teve um aumento no lucro líquido do primeiro semestre quase quatro vezes superior ao do mesmo período do ano passado. O desempenho deve-se principalmente ao programa agressivo de vendas articulado com o Banco do Brasil.

Turnê
O HSBC vai patrocinar a turnê nacional de Maria Rita, de setembro a novembro. Cinco shows serão fechados para convidados do banco, mas todos os clientes do HSBC terão desconto de 10% nos demais 15 shows.

Debutante
A americana TSYS, processadora terceirizada de meios eletrônicos de pagamento, decidiu entrar no Brasil. Para isso, faz na terça um seminário para representantes de bancos, varejistas e administradoras de cartões.

Higiene infantil
A Age do Brasil, fabricante de produtos de higiene infantil, dobrou seu faturamento no primeiro semestre e está exportando para a América Latina. No começo do ano, a empresa investiu US$ 1 milhão na expansão da fábrica, em Florianópolis.

E-mail - guilherme.barros@uol.com.br

ANÁLISE

Tiro pela culatra

A estratégia do BC de pintar um quadro negativo na economia ao ameaçar um novo aumento de juros para induzir uma melhora das expectativas dos agentes econômicos pode ser um tiro pela culatra, segundo o ex-BC Gustavo Loyola. Ele considerou surpreendente a maneira pela qual o BC se comprometeu com uma alta futura dos juros, caso os preços do petróleo permaneçam em patamar elevado. Para Loyola, há riscos na estratégia de preparo do terreno para futuro aumento dos juros. O BC limitou sua ação no futuro. Se o preço do petróleo se mantiver elevado e as expectativas de inflação piorarem, sua única opção será a elevação dos juros, ainda que a piora das expectativas deva-se apenas ao impacto primário (esperado) da alta do preços domésticos dos combustíveis. Caso contrário, o BC corre o risco de ter sua credibilidade atingida.


Próximo Texto: Lula vê "barbeiragem" do Copom
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.