São Paulo, domingo, 29 de agosto de 2004

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Expansão muda perfil dos detritos

DA REPORTAGEM LOCAL

Nos bairros mais nobres da cidade de São Paulo, como Pinheiros, Jardins e Morumbi, a geração de lixo cresceu entre 3% e 4% a partir de abril deste ano. A informação é do Departamento de Limpeza Urbana da prefeitura.
"Os moradores dessas áreas estão consumindo mais, encomendando mais pizza, utilizando mais embalagens e gerando mais lixo seco", afirma Fábio Pierdomenico, diretor do departamento.
O lixo seco é mais comum nas regiões mais ricas. Segundo Pierdomenico, esse tipo de resíduo já não vai mais só para o aterro sanitário, e sim para a atividade econômica. Já nos bairros mais pobres do município, o lixo é mais molhado -o percentual de matéria orgânica é maior nesse caso.
Antes dos programas de reciclagem, o lixo orgânico representava 45% do total de lixo da cidade e o seco, 65%. "Hoje, a participação de orgânico cresceu 65%. Isso é próprio da mudança de hábito do gerador de lixo, que foi buscar a reciclagem seja pelo sistema privado seja pela consciência."
O Departamento de Tratamento de Resíduos Sólidos da Secretaria de Meio Ambiente de Vitória também notou aumento do lixo seco nas áreas mais ricas. "Enquanto o morador desses bairros consome mais batata frita industrializada, nos bairros mais pobres a dona-de-casa compra a batata, frita em casa e descarta os resíduos. Gera mais lixo orgânico", diz José Celso Motta, diretor do departamento. (FF e CR)


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