São Paulo, terça-feira, 29 de agosto de 2006

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Venda da Ripasa pode sair com restrições

Órgãos de concorrência recomendam aprovação, mas Suzano e Votorantim terão de liberar inspeção

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Os ministérios da Justiça e da Fazenda sugeriram ontem a aprovação, com restrições, da venda da Ripasa para a Suzano e a Votorantim Celulose e Papel, cada uma recebendo metade da empresa original. As duas compradoras administrarão em consórcio a Ripasa.
Caso o processo seja aprovado pelo Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), cairá de quatro para três o número de empresas que atuam em alguns segmentos do mercado.
Segundo o novo formato da empresa, a Ripasa atuará como unidade independente, servindo ora à Votorantim Celulose e Papel ora à Suzano. Para evitar práticas anticoncorrenciais, em vez de determinar a divisão da empresa ou a venda de alguma unidade da Ripasa, foi tomada uma decisão inédita.
A Secretaria de Acompanhamento Econômico, do Ministério da Fazenda, sugeriu que a nova Ripasa mantenha abertas as portas para inspeção, sem aviso prévio, de autoridades do Sistema Brasileiro de Defesa da Concorrência.
A sugestão ao Cade, que será referendada pela Secretaria de Direito Econômico, elimina a necessidade prevista em lei de notificar a empresa um dia antes da inspeção.
Por ser a primeira vez que se opta por essa saída na venda de uma empresa, ainda não é possível avaliar se os resultados vão compensar.
A Folha procurou ontem a Suzano, a Votorantim Celulose e Papel e a Ripasa para saber seu posicionamento a respeito das sugestões da Seae e da SDE. Até a conclusão desta edição, nenhuma das três empresas respondeu aos recados.
(IURI DANTAS)


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