|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Em dia calmo, Bolsa de SP fecha em alta de 1,16%
Mercado espera ata do Fed hoje; dólar recua a R$ 2,14
FABRICIO VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL
A segunda-feira não trouxe
eventos econômicos relevantes, com potencial para mexer
com o mercado financeiro.
Nesse clima mais tranqüilo, a
Bovespa conseguiu registrar
ganhos de 1,16%. O dólar caiu
0,79%, a R$ 2,14.
Apesar da alta da Bolsa, as
operações de compra e venda
de ações tiveram movimento
tímido ontem: R$ 1,47 bilhão,
contra R$ 2,35 bilhões girados,
na média, diariamente em
2006. Os negócios pouco volumosos demonstram a cautela
dos investidores diante da série
de indicadores previstos para
os próximos dias.
Hoje será conhecida a ata da
última reunião do Fomc (o comitê de mercado aberto do Fed,
que decide os juros americanos), quando os juros no país
foram mantidos em 5,25%. Os
investidores esperam que o documento traga algum sinal
mais claro sobre o futuro da política monetária no país.
As Bolsas americanas também tiveram dia positivo: alta
de 0,60% para o Dow Jones e de
0,95% para a Nasdaq.
A valorização da Bovespa ontem não foi suficiente para recuperar as recentes perdas:
apenas na semana passada, a
Bolsa paulista acumulou perdas 4,24%. No mês, o Ibovespa,
principal índice do mercado
brasileiro, tem baixa de 1,89%.
Na quarta, será a vez de o Copom (Comitê de Política Monetária do BC) anunciar como fica
os juros da economia brasileira.
A Selic está em 14,75% anuais.
O mercado espera por uma redução entre 0,25 ponto e 0,50
ponto percentual.
Já na quinta-feira vai ser divulgado o PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro referente
ao segundo trimestre de 2006.
Com todos esses eventos, os
mercados acionário e cambial
brasileiro não têm uma tendência definida para a semana.
Ontem a Merrill Lynch reduziu sua recomendação para papéis de emergentes de "acima
da média do mercado" para
"neutra", segundo a Reuters.
A mudança na recomendação aconteceu porque o mercado já teria precificado os últimos dados positivos, como a
manutenção dos juros nos Estados Unidos. No caso das
ações brasileiras, a recomendação não foi alterada.
Mas outros mercados emergentes, além de Brasil, tiveram
um dia de ganhos, independentemente da decisão da Merrill
Lynch.
A Bolsa mexicana, por exemplo, subiu 1,11%; a chilena se valorizou 0,51%.
E o risco-país dos latinos caíram em bloco ontem. O brasileiro recuou 1,30%, a 227 pontos. O risco do México caiu
2,73% (107 pontos), o peruano
teve baixa de 2,72% (143 pontos), e o da Venezuela diminuiu
1,40% (212 pontos).
Juros
O mercado mais calmo permitiu que os juros futuros recuassem no pregão de ontem
da BM&F (Bolsa de Mercadorias & Futuros). O resultado indicou que aumentou a parcela
dos investidores que confiam
que haverá um corte de 0,50
ponto (para 14,25%) na Selic.
No contrato DI (Depósito Interfinanceiro) que vence no fim
deste mês, a taxa caiu 14,63%
para 14,59%.
Para a continuidade do movimento de melhora das Bolsas e
do risco-país, é importante que
o Fed dê alguma segurança para os investidores, no que se refere à possibilidade de os juros
norte-americanos não serem
mais elevados.
Dessa forma, as taxas pagas
pelos títulos do Tesouro dos
Estados Unidos poderiam
apresentar um recuo, aumentando a chance de grandes investidores voltarem a procurar
com maior interesse papéis da
dívida de emergentes.
Texto Anterior: Breves Próximo Texto: Vaivém das commodities Índice
|