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Mercado Aberto
guilherme.barros@uol.com.br
Economistas não apostam na redução do juro americano
Depois de alguns dias de aparente calmaria, o mercado voltou ontem a dar sinais de que a
turbulência financeira ainda
está longe de ter chegado ao
fim. A Bolsa caiu 2,70%, e o dólar voltou a atingir a barreira
dos R$ 2. O mercado ainda vai
ficar volátil por um bom tempo.
A semana é carregada de indicadores econômicos nos Estados Unidos, e qualquer número
pessimista, como ocorreu ontem, pode gerar novos estresses
nos mercados.
O principal fator, hoje, que
tem gerado tranqüilidade ao
mercado é a aposta geral de que
o Fed, o banco central norte-americano, irá baixar a taxa básica de juro, de 5,25%, na próxima reunião, marcada para o dia
18 de setembro. Segundo a LCA
consultores, não é certo, no entanto, que o Fed reduza o juro
em setembro.
"É possível que o Fed opte
por manter o juro inalterado
caso, nas próximas três ou quatro semanas, surjam evidências
de que a instabilidade nos mercados financeiros diminuiu de
maneira consistente e que não
chegará a provocar piora substancial no favorável ambiente
macroeconômico que predominava até julho. Nesse caso, o
Fed tenderia a reafirmar, em
seu comunicado, que considera
ter condições e que estaria disposto a reduzir o juro primário,
caso necessário."
Na mesma linha, o ex-BC
Alexandre Schwartsman, economista-chefe do ABN Amro,
chama a atenção para o fato de
que quanto melhor se comportarem os mercados nas próximas semanas menores também
serão as razões para o Fed baixar os juros.
Dessa forma, não há muita
convicção entre os economistas sobre a decisão do Fed. O
depoimento do presidente do
Fed, Ben Bernanke, depois de
amanhã, sobre "mercado imobiliário e política monetária"
pode trazer pistas sobre a disposição da autoridade monetária americana.
Tudo indica, no entanto, que
a montanha-russa no mercado
ainda vai permanecer pelo menos até quando forem divulgados os balanços trimestrais das
companhias americanas, em
setembro.
Homenagem a Hideo Onaga
Será realizada hoje, às 19h, na
capela do colégio Sion, a missa
de sétimo dia do jornalista Hideo Onaga, que morreu na última sexta-feira, aos 85 anos.
Onaga ocupou o cargo de editor de economia da Folha. Trabalhou como repórter da "Folha da Manhã", da "Folha da
Tarde" e da "Folha da Noite",
entre 1942 e 1959, foi redator-chefe das revistas "Visão",
"Quatro Rodas" e "Mundo Econômico", editor do "Correio da
Manhã", diretor da "Gazeta
Mercantil" e da revista "Indústria e Desenvolvimento".
Foi assessor do Ministério da
Indústria e Comércio, do Ministério das Minas e Energia e
da Petrobras.
Em 1972, foi responsável pela transformação da "Gazeta
Mercantil".
Formado pela Faculdade de
Direito da USP, no largo de São
Francisco, o jornalista começou a trabalhar aos 19 anos.
Em entrevista à revista "Imprensa" concedida em 1988, ao
fazer um comentário sobre a
imprensa atual, ele afirmou
que "hoje há muita irresponsabilidade".
Era casado com Neyde Garcia. Onaga deixa uma filha,
Cláudia Onaga, e os netos Roberto, Maíra e Flávia.
QUARTO EM REFORMA
No último ano, a Quartos&etc inaugurou 12 revendas em
formato de "corner" e começou a desenvolver seu plano de
expansão internacional. Neste ano, a empresa produtora
moveleira tem como meta superar a marca dos 60% de crescimento e abre sua primeira loja em Buenos Aires. "Nossa
previsão é inaugurar a loja em 30 dias", diz o empresário
Alessandro Cenacchi. Para 2008, a idéia é abrir uma loja
própria em Nova York. Depois, a empresa deve seguir para
cidades como Londres e Berlim. "Também há negociações
com um investidor em Dubai."
ALÔ, BRASIL
A francesa Vocalcom, especializada em tecnologia para
call center, acaba de chegar ao Brasil. A empresa, que está
em 38 países, investiu cerca de R$ 10 milhões para iniciar
sua operação no país. Segundo Eduardo Yagui, diretor-geral da empresa, um destaque da atuação brasileira da empresa serão os clientes do setor de cobrança.
ÁLCOOL VERDE
O Departamento de Energia dos EUA anunciou que
dispõe de US$ 33,8 milhões
para apoiar a produção de
biocombustíveis a partir de
celulose. O plano faz parte
de estratégia de longo prazo
para aumentar o uso de
combustíveis alternativos.
LADO A LADO
A Politec, multinacional
brasileira de TI, assina memorando de entendimento
com a gigante chinesa ZTE,
de soluções eletrônicas e de
telefonia.
GELADAS
Depois das cervejas uruguaias e alemãs, a AmBev foca nas belgas. Em outubro,
aportam cinco variações. A
tipo Abadia Leffe (Blonde,
Brown e Radieuse), a de trigo Hoegaarden e a lambic
Belle-Vue chegam a São
Paulo, Porto Alegre, Curitiba e Florianópolis.
CONFIANÇA
Antônio Ermírio de Moraes é o vencedor, pelo segundo ano consecutivo, do
Marcas de Confiança como
executivo mais confiável do
país, com 82% dos votos. O
segundo lugar ficou com
Ivan Zurita, da Nestlé, com
80%, e o terceiro, com Jorge
Gerdau, com 79%. A pesquisa Marcas de Confiança é
feita há seis anos pela revista
"Seleções" e pelo Ibope, com
entrevistas feitas a mil leitores da revista.
VAGAS
Todo ano, no Brasil, ficam
em aberto 40 mil novas vagas de emprego no segmento de tecnologia da informação, segundo a Brasscom
(associação de empresas de
software e serviços para exportação). Para a entidade, o
número é resultado da falta
de formação dos profissionais brasileiros, e a competência em língua inglesa deveria ser incentivada.
PRODUÇÃO
Diariamente, 10% dos
conteúdos baixados na TIM
são músicas, imagens e vídeos feitos pelos clientes para o TIM Studio, serviço que
permite aos clientes publicarem suas criações.
PORTA EM PORTA
A Avon e a Larousse acabam de firmar parceria para
que as revendedoras da marca de cosméticos comercializem obras da editora sobre
temas como trabalho, educação, bem-estar e saúde.
com ISABELLE MOREIRA LIMA, JOANA CUNHA
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