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MERCADO FINANCEIRO
Fitch segue S&P e Moody's e aumenta grau de classificação da dívida; Bolsa de SP tem alta de 1,74%
Mais uma agência eleva nota do Brasil
DA REPORTAGEM LOCAL
Mais um recorde do petróleo
evitou que a repercussão da elevação da nota de crédito do Brasil,
feita ontem pela agência Fitch Ratings, fosse mais positiva. Mesmo
assim, a Bolsa subiu, e dólar e risco-país fecharam em baixa.
A agência internacional de classificação de risco Fitch Ratings
elevou a nota da dívida soberana
brasileira de longo prazo de "B+"
para "BB-"-o mesmo nível do
primeiro semestre de 2002. Naquele ano, marcado pelo tumultuoso período pré-eleitoral, o Brasil foi rebaixado duas vezes pela
agência. Em novembro de 2003, a
nota do país havia sido elevada
pela última vez.
A Fitch foi a última grande
agência internacional a melhorar
a nota do Brasil. A Standard &
Poor's e a Moody's já haviam elevado a nota do Brasil neste mês.
Para subir a nota de crédito do
país, a Fitch levou em consideração o bom desempenho da balança comercial, a queda no peso das
dívidas externa e interna e "o
compromisso com sólidas políticas macroeconômicas".
A Bolsa de Valores de São Paulo
subiu 1,74%. O dólar recuou
0,21%, para R$ 2,867. O risco-país
caiu 0,62%, para 483 pontos.
A elevação do "rating" (nota de
crédito) significa que os riscos de
o país dar calote em sua dívida são
menores. Com a nova nota, o Brasil fica três degraus abaixo do chamado "investment grade" (nível
de investimento confiável).
"O aumento de 0,25 ponto percentual da taxa Selic e o fato de as
autoridades terem escolhido não
elevar os gastos antes das eleições
municipais de domingo, mesmo
com o forte desempenho da arrecadação neste ano, são sinais adicionais da determinação de manter políticas macroeconômicas
sólidas no Brasil", disse Roger
Scher, diretor-gerente da Fitch
para o departamento de dívida da
América Latina.
Com uma nota melhor, as perspectivas são que o volume de captação de recursos no mercado estrangeiro pelo setor privado nacional aumente ainda mais.
Além da nota soberana, 15 empresas tiveram seu "rating" elevado. A Vale do Rio Doce foi a única
companhia que ficou com nota
acima da dada ao Brasil, devido à
sua capacidade de gerar dólares,
segundo a agência.
A ação ON da Vale do Rio Doce
liderou as altas (com 7,6%) no
pregão da Bovespa de ontem. O
papel PNA da Vale subiu 6,5%.
(FABRICIO VIEIRA)
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