DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A Telemar foi a única concessionária de telefonia fixa a comentar oficialmente a decisão do governo. Em nota, a empresa afirmou que "entende que o plano permitirá o incremento no índice de teledensidade [telefones em uso por quantidade de habitantes] do país, mesmo já tendo havido avanço expressivo do serviço nas classes C, D e E".
A concessionária também foi a única a confirmar oficialmente o acordo para a redução da assinatura por meio da criação de um novo serviço.
"A Telemar participou hoje [ontem] da quarta reunião de discussão realizada entre técnicos das operadoras, Ministério das Comunicações e representantes da Anatel, na qual foi definida a criação de plano tarifário de serviços dirigido para famílias de baixa renda. Durante o encontro, ficou estabelecida a criação de nova categoria de plano residencial", diz o texto, que não detalha o plano.
A nota informa que, "do ponto de vista econômico, o novo plano tarifário terá acompanhamento da Anatel e do Ministério das Comunicações, ao longo dos primeiros meses de operação, para análise de eventuais impactos".
Telefônica e Brasil Telecom, procuradas, não comentaram o acordo para redução do valor da assinatura. Nenhum presidente de empresa participou da reunião com o ministro Hélio Costa.
Segundo a Folha apurou, embora as negociações tenham sido fechadas com técnicos das empresas, os principais executivos estão aguardando a publicação de um decreto do presidente da República, criando de fato o novo serviço, para emitir opinião.
O maior temor das empresas na negociação foi que, ao criar o novo serviço, tivessem que estender o valor reduzido da assinatura a todos os clientes residenciais, por princípio de isonomia que há na regulamentação do setor.


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