São Paulo, quinta-feira, 29 de setembro de 2005

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PETROQUÍMICA

Petrobras planeja operação no RJ em 2010

País deixará de importar US$ 1 bi em matéria-prima com novo pólo

PEDRO SOARES
DA SUCURSAL DO RIO

O país economizará divisas da ordem de US$ 1 bilhão ao ano com a importação de matéria-prima para produtos petroquímicos depois da entrada em operação da Unidade Petroquímica Integrada, pólo petroquímico que a estatal construirá no Estado do Rio.
Victor Manuel Martins, gerente da Petrobras responsável pelo projeto, afirmou que a unidade, destinada a transformar o petróleo pesado em produtos petroquímicos, suprirá boa parte da carência de importação de nafta (insumo básico da petroquímica).
Em café da manhã da Onip (Organização Nacional da Indústria do Petróleo), Martins detalhou o projeto, que terá duas fases.
Serão gastos US$ 3 bilhões em uma primeira unidade, que converterá 150 mil barris de petróleo em matérias-primas (eteno e propeno). Outros US$ 3,5 bilhões terão como destino a construção de unidades da segunda geração da petroquímica, que transforma essas matérias-primas em resinas usadas na fabricação do plástico. A entrada em operação do projeto está prevista para 2010.
São sócios do projeto também o grupo Ultra e o BNDES.
A estatal espera atrair indústrias de plástico para o entorno do novo pólo que planeja construir.
Entre matérias-primas e resinas, a unidade integrada produzirá cerca de 4 milhões de toneladas em produtos ao ano. A Braskem, maior petroquímica do país, que controla os pólos da Bahia e do Rio Grande do Sul (juntamente com a Ipiranga), fabrica 5,7 milhões de toneladas de produtos.
De acordo com a nova presidente da Petroquisa (subsidiária da Petrobras para a área petroquímica), Maria das Graças Foster, estão sob análise duas áreas do Estado do Rio onde a unidade poderá ser instalado: o distrito de Guriri (município de Campos, no Norte Fluminense) e Itaguaí (próximo ao porto de Sepetiba).
Em estudos preliminares, a estatal previa montar o pólo próximo do porto de Sepetiba. Mas o governo do Estado do Rio quer levar a unidade para o norte fluminense, base eleitoral da governadora Rosinha Matheus.
O governo do Estado do Rio argumenta que já há uma grande concentração de fábricas a serem instaladas na região de Sepetiba, o que trará forte impacto para o ambiente na costeira Itaguaí.


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