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PETROQUÍMICA
Petrobras planeja operação no RJ em 2010
País deixará de importar US$ 1 bi em matéria-prima com novo pólo
PEDRO SOARES
DA SUCURSAL DO RIO
O país economizará divisas da
ordem de US$ 1 bilhão ao ano
com a importação de matéria-prima para produtos petroquímicos
depois da entrada em operação da
Unidade Petroquímica Integrada,
pólo petroquímico que a estatal
construirá no Estado do Rio.
Victor Manuel Martins, gerente
da Petrobras responsável pelo
projeto, afirmou que a unidade,
destinada a transformar o petróleo pesado em produtos petroquímicos, suprirá boa parte da carência de importação de nafta (insumo básico da petroquímica).
Em café da manhã da Onip (Organização Nacional da Indústria
do Petróleo), Martins detalhou o
projeto, que terá duas fases.
Serão gastos US$ 3 bilhões em
uma primeira unidade, que converterá 150 mil barris de petróleo
em matérias-primas (eteno e propeno). Outros US$ 3,5 bilhões terão como destino a construção de
unidades da segunda geração da
petroquímica, que transforma essas matérias-primas em resinas
usadas na fabricação do plástico.
A entrada em operação do projeto está prevista para 2010.
São sócios do projeto também o
grupo Ultra e o BNDES.
A estatal espera atrair indústrias
de plástico para o entorno do novo pólo que planeja construir.
Entre matérias-primas e resinas, a unidade integrada produzirá cerca de 4 milhões de toneladas
em produtos ao ano. A Braskem,
maior petroquímica do país, que
controla os pólos da Bahia e do
Rio Grande do Sul (juntamente
com a Ipiranga), fabrica 5,7 milhões de toneladas de produtos.
De acordo com a nova presidente da Petroquisa (subsidiária
da Petrobras para a área petroquímica), Maria das Graças Foster,
estão sob análise duas áreas do
Estado do Rio onde a unidade poderá ser instalado: o distrito de
Guriri (município de Campos, no
Norte Fluminense) e Itaguaí (próximo ao porto de Sepetiba).
Em estudos preliminares, a estatal previa montar o pólo próximo do porto de Sepetiba. Mas o
governo do Estado do Rio quer levar a unidade para o norte fluminense, base eleitoral da governadora Rosinha Matheus.
O governo do Estado do Rio argumenta que já há uma grande
concentração de fábricas a serem
instaladas na região de Sepetiba, o
que trará forte impacto para o
ambiente na costeira Itaguaí.
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