São Paulo, quinta-feira, 29 de setembro de 2005

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PESQUISA

País tem 10 milhões de alunos em 35,2 mil escolas

Gasto com educação absorve 13,6% do orçamento das famílias, diz FGV

JANAINA LAGE
DA FOLHA ONLINE, NO RIO

As famílias que têm filhos que estudam na rede privada gastam 13,6% de seu orçamento com educação, revela estudo da FGV (Fundação Getúlio Vargas).
Os primeiros dados da pesquisa "Números do Ensino Privado no Brasil" foram apresentados ontem no 3º Congresso Rio de Educação promovido pelo Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino. A pesquisa será publicada na segunda quinzena de novembro.
Segundo Salomão Quadros, autor do estudo, o objetivo é mostrar a dinâmica econômica do ensino privado. O setor representa 1,3% do PIB (Produto Interno Bruto), equivalente a R$ 20,6 bilhões. O ensino privado no Brasil conta com 10 milhões de alunos, sem contar os que freqüentam cursos livres, como os de idiomas.
O levantamento da FGV considerou dados do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira), do IBGE e da FGV. Existem no país 210,09 mil estabelecimentos de ensino. Desse total, 16,8% são da rede privada (35,2 mil escolas).
O número de pessoas ocupadas no setor de ensino privado no país é de 660 mil, o que corresponde a cerca de 1% da população ocupada. "Esse número pode estar um pouco subestimado porque os dados são extraídos do Censo e das atualizações com a Pnad. Pode haver um número ainda maior de pessoas empregadas no setor", afirmou Quadros. A remuneração média no setor é de R$ 915,28, superior em 25% aos salários pagos nas escolas públicas.
A despesa média das famílias com educação no país é de 5,74% do rendimento total mensal, de acordo com a POF (Pesquisa de Orçamento Familiar) da FGV, que abrange 12 capitais: Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte, Porto Alegre, Salvador, Recife, Curitiba, Florianópolis, Brasília, Fortaleza, Belém e Goiânia.
No caso das famílias que têm filhos na rede privada, o percentual sobe para 13,6%. Os gastos variam também de acordo com a faixa de renda. Famílias com renda até R$ 400 gastam menos de 1% da renda com educação (em vez da mensalidade, o que pesa no orçamento são os gastos com material escolar). Nas famílias com renda superior a R$ 6.000, as despesas com educação chegam a 7% da renda, incluindo educação formal, ensino básico, superior e cursos livres.


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