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PESQUISA
País tem 10 milhões de alunos em 35,2 mil escolas
Gasto com educação absorve 13,6% do orçamento das famílias, diz FGV
JANAINA LAGE
DA FOLHA ONLINE, NO RIO
As famílias que têm filhos que
estudam na rede privada gastam
13,6% de seu orçamento com
educação, revela estudo da FGV
(Fundação Getúlio Vargas).
Os primeiros dados da pesquisa
"Números do Ensino Privado no
Brasil" foram apresentados ontem no 3º Congresso Rio de Educação promovido pelo Sindicato
dos Estabelecimentos de Ensino.
A pesquisa será publicada na segunda quinzena de novembro.
Segundo Salomão Quadros, autor do estudo, o objetivo é mostrar a dinâmica econômica do ensino privado. O setor representa
1,3% do PIB (Produto Interno
Bruto), equivalente a R$ 20,6 bilhões. O ensino privado no Brasil
conta com 10 milhões de alunos,
sem contar os que freqüentam
cursos livres, como os de idiomas.
O levantamento da FGV considerou dados do Inep (Instituto
Nacional de Estudos e Pesquisas
Educacionais Anísio Teixeira), do
IBGE e da FGV. Existem no país
210,09 mil estabelecimentos de
ensino. Desse total, 16,8% são da
rede privada (35,2 mil escolas).
O número de pessoas ocupadas
no setor de ensino privado no país
é de 660 mil, o que corresponde a
cerca de 1% da população ocupada. "Esse número pode estar um
pouco subestimado porque os dados são extraídos do Censo e das
atualizações com a Pnad. Pode
haver um número ainda maior de
pessoas empregadas no setor",
afirmou Quadros. A remuneração média no setor é de R$ 915,28,
superior em 25% aos salários pagos nas escolas públicas.
A despesa média das famílias
com educação no país é de 5,74%
do rendimento total mensal, de
acordo com a POF (Pesquisa de
Orçamento Familiar) da FGV,
que abrange 12 capitais: Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte,
Porto Alegre, Salvador, Recife,
Curitiba, Florianópolis, Brasília,
Fortaleza, Belém e Goiânia.
No caso das famílias que têm filhos na rede privada, o percentual
sobe para 13,6%. Os gastos variam
também de acordo com a faixa de
renda. Famílias com renda até R$
400 gastam menos de 1% da renda
com educação (em vez da mensalidade, o que pesa no orçamento
são os gastos com material escolar). Nas famílias com renda superior a R$ 6.000, as despesas com
educação chegam a 7% da renda,
incluindo educação formal, ensino básico, superior e cursos livres.
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