São Paulo, sábado, 29 de setembro de 2007

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Mercado Aberto

guilherme.barros@uol.com.br

Reservas internacionais vão fechar em US$ 180 bi, diz banco

Diante da quantidade recorde de recursos de fora entrando no país, que tem acelerado o processo de valorização do real, o Banco Central terá de voltar a comprar dólar no mercado à vista neste ano.
O ingresso de dinheiro de fora -tanto o investimento produtivo como para aplicação em ações- é o maior da história do país.
Segundo relatório do departamento econômico do Credit Suisse do Brasil, o Banco Central deve comprar US$ 16 bilhões no mercado à vista neste quarto trimestre, sem comprometer a trajetória de apreciação do real ante o dólar.
De acordo com o banco, o forte ingresso de dólares no país vai levar a moeda para R$ 1,80/ US$ no fim do ano ou até a um valor menor.
As projeções do CS são que o país encerre o ano com US$ 180 bilhões em reservas internacionais. No último dia 21, as reservas estavam em US$ 161 bilhões.
Desde 14 de agosto, o Banco Central não realiza leilão de compra de dólares no mercado à vista em razão do aumento da volatilidade nos mercados financeiros doméstico e internacional. De acordo com o Credit Suisse, a redução da volatilidade fará com que o Banco Central retome os leilões.
Apesar do já elevado patamar das reservas, o CS acha que será correta a decisão do Banco Central de voltar a realizar leilões para a compra de dólares. Segundo o CS, a redução da taxa de juros no país tem contribuído para evitar que o custo dessas operações de compra de dólar continue a se ampliar.
Além disso, o CS diz que a importância de acumular reservas internacionais tende a aumentar ainda mais diante da maior incerteza sobre a continuação do cenário de liquidez muito favorável.

DE VOLTA PARA CASA
A brasileira Erika Goulart, que em 1998 descobriu que era herdeira de uma vinícola na Argentina, em Mendoza, veio ao Brasil nesta semana para divulgar seus vinhos Paris Goulart, Reserva e Grand Vin e visitar os restaurantes que incorporaram sua produção ao cardápio -Parigi, Fasano e Paris 6. Todos os rótulos da finca trazem o nome Goulart, uma homenagem ao avô da empresária e fundador da casa, o marechal Gastão Goulart, combatente da Revolução de 32.

DO ORIENTE
A Til Importados, de decoração, acessórios e produtos orientais, iniciou a construção de um depósito com 3.000 m2 onde implementará um sistema de logística de estocagem, operacional, automação e modernização, que permitirá a abertura de novas lojas a partir de 2008, segundo o proprietário Edmundo Rodrigues.

EFEITO CÂMBIO
O dólar fez com que as importações de produtos plásticos transformados batessem novo recorde em agosto, o segundo consecutivo, de acordo com análise da MaxiQuim Assessoria de Mercado. No total, foram importados US$ 180,7 milhões, com alta de 16,4% em relação a agosto de 2006. As exportações foram maiores que as de julho, mas ainda ficaram abaixo das registradas no mesmo período de 2006. O total exportado ficou em US$ 108,8 milhões, 10,4% abaixo do mesmo mês de 2006. O déficit comercial chegou a US$ 71,9 milhões.

NA ESTRADA
O governo mineiro busca apoio do BID para novo modelo de PPP. A idéia é uma linha de financiamento negociada pelo Estado para empréstimos com tomador privado -empresas vencedoras de leilões para obras rodoviárias. A modalidade evita impactos no limite de endividamento. Aécio Neves teve aceno positivo do presidente do BID, Luis Alberto Moreno, e deixou no banco projeto de financiamento de US$ 800 milhões para manutenção de rodovias.

BAGAGEM
A W/Brasil Rio de Janeiro conquistou a conta da Stella Barros Turismo. As empresas se reúnem na semana que vem e devem estrear a primeira campanha em meados de novembro.

PANO
O segmento de cama, mesa e banho do comércio atacadista de tecidos teve queda de 5% nas vendas em setembro ante o mesmo mês de 2006, segundo o sindicato do setor de São Paulo.


com ISABELLE MOREIRA LIMA e JOANA CUNHA

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