São Paulo, quarta-feira, 29 de novembro de 2006

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SP tem menor desemprego para outubro em 10 anos

Pesquisa do Dieese aponta taxa de 14,6% no mês

KAREN CAMACHO
DA FOLHA ONLINE

A taxa de desemprego da região metropolitana de São Paulo caiu pelo quinto mês consecutivo em outubro. O índice foi de 15,3% para 14,6% da PEA (População Economicamente Ativa), segundo pesquisa da Fundação Seade/Dieese. A taxa é a menor para um mês de outubro desde 1996.
O rendimento médio dos trabalhadores ocupados, no entanto, caiu 0,6% em setembro.
Em outubro, 94 mil vagas foram criadas na Grande São Paulo. O contingente de desempregados caiu de 1,545 milhão de pessoas para 1,478 milhão entre setembro e outubro. A queda já era esperada pelo Seade em razão da época do ano, em que as indústrias intensificam a produção e os setores de comércio e serviços empregam mais.
O setor de serviços gerou 68 mil vagas, e os chamados "outros setores" -que incluem construção civil e serviços domésticos- tiveram queda de 7.000 cargos. A indústria gerou 10 mil vagas e o comércio registrou criação de 23 mil postos.
"O setor de serviços foi o grande responsável pelo resultado positivo do mês. Para os últimos dois meses [do ano], esperamos que o comércio seja responsável pelo crescimento e manutenção do emprego em São Paulo", disse Alexandre Loloian, coordenador da Fundação Seade.
Nos três primeiros meses do ano, o mercado seguiu curva comum para o período, com alta no desemprego, que passou de 15,7% em janeiro para 16,3% em fevereiro e 16,9% em março.
Em abril, o índice ficou estável em 16,9% porque, segundo o Dieese, o número de pessoas que passaram a procurar emprego foi inferior ao do mesmo mês em anos anteriores.
Em maio, a taxa ficou estável em 17%, e, em junho, a taxa caiu para 16,8%, o que não foi comemorado porque o efeito também foi provocado pela queda na procura. Em julho, a taxa ficou estável em 16,7%.
Em agosto, a taxa caiu de 16,7% para 16%. Em setembro, o índice caiu para 15,3%.

Salários
A renda média do trabalhador ocupado caiu 0,6% em setembro, ao passar de R$ 1.151 para R$ 1.145. Os dados de renda têm um mês de defasagem em relação aos do emprego. O recuo não chega a ser preocupante, segundo os técnicos do Seade, e pode ser reflexo de empregos temporários.


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