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SP tem menor desemprego para outubro em 10 anos
Pesquisa do Dieese aponta taxa de 14,6% no mês
KAREN CAMACHO
DA FOLHA ONLINE
A taxa de desemprego da região metropolitana de São Paulo caiu pelo quinto mês consecutivo em outubro. O índice foi
de 15,3% para 14,6% da PEA
(População Economicamente
Ativa), segundo pesquisa da
Fundação Seade/Dieese. A taxa
é a menor para um mês de outubro desde 1996.
O rendimento médio dos trabalhadores ocupados, no entanto, caiu 0,6% em setembro.
Em outubro, 94 mil vagas foram criadas na Grande São
Paulo. O contingente de desempregados caiu de 1,545 milhão de pessoas para 1,478 milhão entre setembro e outubro.
A queda já era esperada pelo
Seade em razão da época do
ano, em que as indústrias intensificam a produção e os setores de comércio e serviços
empregam mais.
O setor de serviços gerou 68
mil vagas, e os chamados "outros setores" -que incluem
construção civil e serviços domésticos- tiveram queda de
7.000 cargos. A indústria gerou
10 mil vagas e o comércio registrou criação de 23 mil postos.
"O setor de serviços foi o
grande responsável pelo resultado positivo do mês. Para os
últimos dois meses [do ano],
esperamos que o comércio seja
responsável pelo crescimento e
manutenção do emprego em
São Paulo", disse Alexandre Loloian, coordenador da Fundação Seade.
Nos três primeiros meses do
ano, o mercado seguiu curva
comum para o período, com alta no desemprego, que passou
de 15,7% em janeiro para 16,3%
em fevereiro e 16,9% em março.
Em abril, o índice ficou estável em 16,9% porque, segundo o
Dieese, o número de pessoas
que passaram a procurar emprego foi inferior ao do mesmo
mês em anos anteriores.
Em maio, a taxa ficou estável
em 17%, e, em junho, a taxa caiu
para 16,8%, o que não foi comemorado porque o efeito também foi provocado pela queda
na procura. Em julho, a taxa ficou estável em 16,7%.
Em agosto, a taxa caiu de
16,7% para 16%. Em setembro,
o índice caiu para 15,3%.
Salários
A renda média do trabalhador ocupado caiu 0,6% em setembro, ao passar de R$ 1.151
para R$ 1.145. Os dados de renda têm um mês de defasagem
em relação aos do emprego. O
recuo não chega a ser preocupante, segundo os técnicos do
Seade, e pode ser reflexo de empregos temporários.
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