Empresa de telecomunicações é acusada de empregar, em São Paulo, 50 imigrantes em situação ilegal

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

A Polícia Federal prendeu anteontem em flagrante três responsáveis da Huawei do Brasil -subsidiária de uma das maiores indústrias de telecomunicações da China- depois de flagrar 50 chineses trabalhando em situação irregular, em São Paulo.
Segundo a corporação, os imigrantes desempenhavam funções que não condiziam com os vistos de negócios que possuíam, concedidos a estrangeiros que viajam ao Brasil, sem remuneração em território nacional, para assinar contratos e participar de reuniões, por exemplo. Eles tiveram o prazo de permanência reduzido e deverão deixar o país.
A empresa será autuada em mais de R$ 124 mil (R$ 2.483,25 por estrangeiro em situação irregular). De acordo com a PF, os responsáveis, que não tiveram a identidade revelada, são acusados de crimes de sonegação previdenciária e "frustração" de direitos trabalhistas e podem pegar penas de até seis anos de reclusão.
Em nota, a Huawei diz que "está colaborando prontamente com as investigações da Polícia Federal", que "obedece às leis brasileiras" e afirma que "esta investigação não influenciará nas operações no país".
Segundo o site da empresa, a Huawei é líder no fornecimento de soluções de redes de telecomunicações de próxima geração, tem cerca de 61,5 mil funcionários e mais de cem filiais em todo o mundo. No Brasil, atua desde 1999. Em 2006, as vendas atingiram US$ 11 bilhões, dos quais 65% referentes a mercados internacionais.


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