São Paulo, sábado, 29 de novembro de 2008

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Bolsa melhora, mas registra o 6º mês seguido de perdas

Queda em novembro fica em 1,77%; na outra ponta, dólar se aprecia em 7,18%, para encerrar o mês cotado a R$ 2,315

No ranking do mês, renda fixa se destaca, ao obter ganho médio de 1,16%; CDB alcança retorno de 0,97% e poupança paga 0,66%

FABRICIO VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL

A expressiva valorização de 17,10% na semana não livrou a Bovespa de encerrar o mês com perdas acumuladas -caiu 1,77% em novembro, em seu sexto mês seguido de baixa. Na outra ponta, o dólar voltou a se destacar: encerrou ontem vendido a R$ 2,315, com alta mensal de 7,18% diante do real.
A renda fixa, maior categoria de fundos do mercado brasileiro, foi um dos destaques de novembro, com ganho médio em torno de 1,16%.
O CDB (Certificado de Depósito Bancário), que tem atraído muitos investidores nos últimos meses, registrou retorno médio de 0,97% neste mês.
Para os mais conservadores, a caderneta de poupança pagou 0,66% em novembro.
Mesmo com o bom desempenho do mercado acionário nos últimos pregões, analistas julgam que ainda é cedo para os investidores se empolgarem e contarem com uma recuperação mais consistente da Bolsa de Valores no curto prazo.
Neste ano, a Bovespa registra desvalorização ainda muito elevada, de 42,72%.
Ontem a Bolsa subiu 1,06% e encerrou a semana aos 36.595 pontos. Se for considerado seu pico, os 73.516 pontos registrados em 20 de maio, a desvalorização acumulada pela Bovespa alcança os 50,2%.
Para o dólar, que tem apreciação de 30,28% acumulada em 2008, a projeção do mercado é que a moeda americana perca força em dezembro.
Segundo a mais recente pesquisa semanal feita pelo Banco Central com cem instituições financeiras, a expectativa do mercado é que o dólar esteja cotado a R$ 2,10 no fim do ano.
Nas operações de ontem, o dólar se apreciou em 1,49%. Como foi o último dia útil do mês, muitas operações foram feitas pelos investidores para influenciar a Ptax -média do dólar medida pelo Banco Central-, que servirá de base para o cálculo do vencimento de contratos cambiais e ajustes no mercado futuro.
No caso das aplicações que acompanham os juros, será importante a decisão do Copom em sua última reunião de 2008. A expectativa mais forte no mercado é que a taxa Selic seja mantida nos atuais 13,75%. Com isso, é grande a tendência de aplicações como os fundos de renda fixa e DI darem em dezembro retornos próximos aos registrados neste mês.


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