São Paulo, quarta-feira, 29 de dezembro de 2004

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Mercado eleva projeção de juros

FABRICIO VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL

O Relatório de Inflação ratificou a expectativa do mercado de tendência de alta dos juros no curto prazo, assumida na semana passada após a divulgação da ata da última reunião do Copom.
É praticamente unânime a aposta do mercado em mais uma elevação da taxa básica.
Segundo avaliação do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos do Bradesco, o Relatório de Inflação não alterou a "mensagem da ata do Copom".
O Bradesco avalia ser grande a probabilidade de mais duas altas: 0,5 ponto percentual em janeiro e mais 0,25 ponto em fevereiro.
No pregão da BM&F, as projeções dos juros mantiveram a mesma tendência de alta notada desde quando foi conhecida a ata.
O contrato DI -que considera as taxas praticadas entre os bancos- com prazo de resgate de seis meses fechou a 18,35%. Há uma semana, esse papel pagava taxa de 18,04%. No DI com vencimento em um ano, a taxa ficou ontem em 17,96%, ante 17,46% de uma semana atrás.
Darwin Dib, economista do Unibanco, diz que o relatório trouxe uma queda na projeção da inflação para 2005 -de 5,6% para 5,3%- em relação ao relatório trimestral anterior. "Mas isso não altera a expectativa de que haverá mais uma alta da taxa Selic em janeiro", afirma. Dib explica que a taxa só voltará a cair quando os núcleos dos IPCA mostrarem queda de um mês para outro.

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