|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
PECUÁRIA
País alega suspeita de caso de aftosa brasileiro, dizem jornais locais
Austrália suspende carne do Brasil
DA REDAÇÃO
O governo australiano suspendeu a importação de carne bovina
brasileira na sexta-feira, em resposta à suspeita de casos de aftosa
em Mato Grosso do Sul, segundo
jornais australianos.
O Ministério da Agricultura
brasileiro disse que não foi notificado da decisão daquele país.
A Austrália bloqueou um carregamento-teste de 450 kg de carne
brasileira neste fim de semana.
Segundo o Ministério da Agricultura australiano, todas as licenças
de importação de carne bovina
foram canceladas e os acordos
com o Brasil serão revistos.
O ministro da Agricultura australiano, Warren Truss, disse que,
quando a situação no Brasil ficar
clara, a Austrália enviará especialistas ao Brasil para inspecionar a
produção de carne bovina.
A Austrália é considerada um
dos poucos países no mundo que
erradicaram a aftosa.
Segundo Tom Maguire, do
Conselho de Indústria da Carne
australiano, o país não correrá riscos até que esteja convencido de
que o Brasil está livre da aftosa.
Medo do Brasil
Para Antonio Camardelli, diretor-executivo da Abiec (Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne), a Austrália,
como participante da OMC (Organização Mundial do Comércio)
e da OIE (Organização Internacional de Epizootias), não deveria
tomar tal atitude, caso realmente
o tenha feito, antes das análises finais sobre o caso no Brasil.
Os australianos querem, na verdade, criar um celeuma, já que o
Brasil assumiu a posição de líder
mundial de exportações e começa
a colocar carne na própria Austrália, diz Camardelli. O executivo
da Abiec cita os dados da Secex
que mostram que neste ano as
vendas de carne bovina para a
Austrália já somam 40,1 mil quilos. Esse mercado não existia para
o país nos anos anteriores.
Os australianos, até o ano passado líderes nas exportações mundiais, estão assustados com preços competitivos, qualidade e regularidade das exportações brasileiras, diz Camardelli. Os custos
de produção no Brasil são de US$
0,90 a US$ 1,00 por quilo, bem
abaixo dos na Austrália, diz ele.
Texto Anterior: Contas vigiadas: Correntista do Santos já pode sacar até R$ 20 mil Próximo Texto: Margen ameaça 11 mil demissões para negociar Índice
|