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AVIAÇÃO
Empresa deverá operar linhas domésticas no Peru
Ocean Air se associa a peruanos para criar nova companhia aérea
PEDRO SOARES
DA SUCURSAL DO RIO
A companhia aérea regional
brasileira Ocean Air anunciou ontem uma associação com o grupo
peruano Koechlin para a criação
de uma empresa que operará linhas domésticas no Peru.
Batizada de Wayra Peru (ar em
quechua, idioma do povo nativo
do Peru), a companhia iniciará
suas atividades em março ligando
12 cidades peruanas e recebeu
US$ 7 milhões de investimento
inicial.
Dono da Marítima Petróleo
-que enfrenta disputa judicial
internacional com a Petrobras
por atrasos na construção de plataformas- e da Ocean Air, o empresário German Efromovich terá
49% da nova empresa. Já o peruano Pedro Koechlin ficará com os
outros 51%, atendendo às exigências do governo do Peru, que impede o controle de companhias
aéreas por estrangeiros.
De acordo com Efromovich, a
idéia é expandir as operações da
Wayra já em meados de 2005, iniciando vôos para o Rio e São Paulo. Também estão nos planos voar
para Equador e Colômbia.
Inicialmente, a empresa terá
uma frota de cinco Fokker-100,
contratados por meio de leasing.
Há ainda a opção de receber em
2005 mais duas aeronaves desse
modelo.
Neste ano, Efromovich comprou a colombiana Avianca, que
estava em concordata. A companhia voa para 15 destinos internacionais e fatura cerca de US$ 700
milhões ao ano. Com a aquisição,
o setor aéreo passou a representar
50% do faturamento do grupo,
que atua também nas áreas de
serviços para a indústria do petróleo, indústria naval e exploração e
produção de óleo.
A Ocean Air é apontada como
provável acionista da Nova Varig,
empresa cuja criação está sendo
articulada pelo governo para assumir os ativos da Varig. Indagado, porém, sobre o assunto, Efromovich desconversou: "Eu não
conheço a Nova Varig".
Efromovich anunciou ainda um
investimento de US$ 700 milhões
para a construção de um oleoduto
de 250 km na Colômbia, onde o
grupo explora petróleo. O duto
permitirá subir a produção de
7.000 barris/dia para 80 mil a 100
mil barris/dia em três anos. "A capacidade de produção já existe. Só
não temos como escoá-la."
Proprietário de 80% do estaleiro
Eisa, Efromovich aproveitou para
criticar o edital de licitação da
Transpetro (subsidiária da Petrobras), que encomendará 42 petroleiros, num projeto que soma US$
1,9 bilhão. "Se o edital ficar do jeito que está, o Eisa vai fechar as
portas", disse. Ele afirmou que o
edital favorece os chamados "estaleiros virtuais", empreiteiras
que ainda não têm base para a
construção dos navios.
Procurada, a Transpetro informou, por meio de sua assessoria
de imprensa, que o edital não
"prejudica nem beneficia nenhuma empresa em particular". "O
objetivo é pré-qualificar empresas
com condições técnicas e financiarias para construir navios com
prazo, preço e qualidades internacionais no Brasil", informou.
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