São Paulo, sexta-feira, 29 de dezembro de 2006

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Bolsas da AL fecham o ano como destaque de emergentes

Com alta das commodities, resultado na região bate Ásia

DA REUTERS

As Bolsas de Valores da América Latina encerraram o ano a todo o vapor e bateram recordes que converteram a região no mercado emergente mais rentável do mundo -e ainda seguirão fazendo sorrir os investidores em 2007, ainda que com retornos mais moderados.
De acordo com os indicadores emergentes regionais do Morgan Stanley, os mercados latino-americanos estão entre os mais rentáveis em 2006, com avanço de 38,4%, acima dos 31,31% da Europa e dos 29,36% da Ásia. O índice geral emergente do Morgan Stanley, perto de seu pico histórico, subiu cerca de 28%.
As Bolsas do Brasil e do México, as duas maiores economias da região, acumularam altas em torno de 33% e 47%, respectivamente, mas os mercados acionários do Peru e da Venezuela são os que mais brilharam, com respectivas altas de 169% e 148%, graças em parte à febre global de matérias-primas. "A América Latina teve um desempenho melhor que o de outros mercados emergentes", disse o analista Hernando Pastor, da corretora peruana Juan Magot. "Países emergentes como China e Índia consomem matérias-primas ,e o Peru se beneficia com melhores preços desses produtos."
Os desempenhos de alguns mercados latino-americanos, grandes produtores de commodities, foram similares ou superiores aos de emergentes como Rússia, com alta de 70%, Indonésia (69%) e Índia (49%).
O Chile, maior produtor mundial de cobre, também se beneficiou da forte procura por matérias-primas. O índice IPSA, que agrupa as ações líderes da Bolsa de Santiago, acumulou uma valorização de aproximadamente 38%.
Contudo, muitos analistas concordam em que a desaceleração do crescimento econômico global esperada para 2007 reduzirá os retornos dos mercados acionários emergentes, ainda que sigam atraindo a atenção de investidores.
Em relatório, o banco espanhol BBVA disse que "a valorização relativa e a expectativa de juros mais baixos em 2007 fazem com que a América Latina continue sendo atrativa, com uma expectativa de valorização em Bolsa superior a 12% em média".


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