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EM INVESTIGAÇÃO
Concessão de benefício a Steve Jobs, da Apple, é alvo de suspeita
RICHARD WATERS
DO "FINANCIAL TIMES",
EM SAN FRANCISCO
Steven Jobs, presidente-executivo da Apple Computer, recebeu 7,5 milhões de
opções de ações em 2001
sem a autorização necessária
do conselho do grupo, de
acordo com pessoas familiarizadas com a situação.
Os documentos que pretendiam demonstrar que
uma reunião plenária do
conselho havia sido realizada
para aprovar a remuneração
de Jobs, como requerem os
estatutos da Apple, foram
falsificados posteriormente.
Eles são agora parte das provas que estão sendo estudadas pela SEC (agência que
fiscaliza e regulamenta os
mercados de valores mobiliários dos EUA), em uma investigação que determinará
se haverá ou não um inquérito formal sobre a companhia
ou alguns de seus executivos,
devido ao caso.
Como reflexo disso, na
abertura do pregão de Nova
York de ontem, as ações da
Apple mostravam queda de
2%, para US$ 79,83, mas reconquistaram parte do terreno perdido e fecharam o dia
cotadas a US$ 80,87, com
queda de 0,79%.
A Apple está entre as mais
de 160 empresas que admitiram antedatar opções de
ações conceder a executivos
e outros funcionários opções
de ações a preços favoráveis,
definidos a posteriori, em
um escândalo que já causou a
queda de diversos presidentes de companhias.
Os advogados da Apple
instruíram as pessoas envolvidas no caso quanto às conclusões da investigação interna da empresa sobre o assunto, ainda que não esteja
claro o nível de detalhe dos
documentos que serão apresentados às autoridades.
Sob os estatutos da Apple,
a remuneração do presidente deve ser estabelecida por
um comitê de conselheiros
independentes e posteriormente aprovada em reunião
plenária do conselho.
Um porta-voz da Apple se
recusou a comentar o assunto na quarta-feira, mas disse
que a empresa havia informado à SEC os resultados de
sua investigação interna.
Tradução dePAULO MIGLIACCI
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