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MERCADO FINANCEIRO
Bolsa e juros fecham estáveis a espera de corte de juros nos EUA; BC vende títulos cambiais
Mercado opera atento à reunião do Fed
DA REPORTAGEM LOCAL
O mercado doméstico operou
ontem em compasso de espera
atento à possibilidade de corte de
juros na reunião do Fed (Federal
Reserve, o banco central dos
EUA) que começa hoje. O volume financeiro movimentado pela
Bovespa foi inferior ao de sexta e
o dólar fechou estável.
A expectativa é que o Fed reduza os juros dos EUA em até 0,50
ponto percentual. Analistas dizem que essa redução já está embutida nos ativos negociados no
mercado. "Se os juros nos EUA
não caírem, o mercado vai reagir
negativamente", afirmou um
operador de um grande banco.
No mercado de câmbio, o dólar
chegou a subir 0,20% pela manhã, com algumas operações feitas por importadores.
O leilão de títulos cambiais
(NBC-Es, papéis que pagam juros prefixados mais variação
cambial) realizado pelo Banco
Central ontem ajudou a fazer o
dólar fechar com o mesmo valor
de sexta. A moeda terminou o dia
negociada a R$ 1,975 (cotação
para venda).
O BC pagou taxa de 9,90% pelos títulos que têm prazo de vencimento em setembro de 2004.
"Amanhã (hoje) o mercado de
câmbio deve ter um dia agitado
com o início da disputa pela formação do Ptax", lembra Miriam
Tavares, da corretora AGK.
O Ptax (preço médio do dólar
medido pelo BC diariamente) do
último dia do mês é a referência
para a liquidação dos contratos
de dólar na BM&F (Bolsa de Mercadorias & Futuros).
Por isso, é esperada a intensificação da queda-de-braço entre
"comprados" -que apostaram
na valorização- e "vendidos"
-que são beneficiados com a
queda da cotação.
A Bolsa de Valores de São Paulo
terminou o dia praticamente estável, com baixa de 0,03%. O Ibovespa -índice dos 57 papéis
mais importantes- chegou a superar os 18 mil pontos no início
da tarde, mas acabou recuando e
fechou com 17.883 pontos.
A falta de novidades sobre a decisão da Justiça em relação ao leilão da banda C do SMP (Serviço
Móvel Pessoal) também colaborou para a apatia dos negócios.
O destaque ficou com as ações
preferenciais do Banco do Brasil,
com 6% de alta. Esses papéis terminaram a semana passada com
baixa acumulada de 2,35%.
(FABRICIO VIEIRA)
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