São Paulo, terça-feira, 30 de janeiro de 2001

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

MERCADO FINANCEIRO

Bolsa e juros fecham estáveis a espera de corte de juros nos EUA; BC vende títulos cambiais

Mercado opera atento à reunião do Fed



DA REPORTAGEM LOCAL

O mercado doméstico operou ontem em compasso de espera atento à possibilidade de corte de juros na reunião do Fed (Federal Reserve, o banco central dos EUA) que começa hoje. O volume financeiro movimentado pela Bovespa foi inferior ao de sexta e o dólar fechou estável.
A expectativa é que o Fed reduza os juros dos EUA em até 0,50 ponto percentual. Analistas dizem que essa redução já está embutida nos ativos negociados no mercado. "Se os juros nos EUA não caírem, o mercado vai reagir negativamente", afirmou um operador de um grande banco.
No mercado de câmbio, o dólar chegou a subir 0,20% pela manhã, com algumas operações feitas por importadores.
O leilão de títulos cambiais (NBC-Es, papéis que pagam juros prefixados mais variação cambial) realizado pelo Banco Central ontem ajudou a fazer o dólar fechar com o mesmo valor de sexta. A moeda terminou o dia negociada a R$ 1,975 (cotação para venda).
O BC pagou taxa de 9,90% pelos títulos que têm prazo de vencimento em setembro de 2004.
"Amanhã (hoje) o mercado de câmbio deve ter um dia agitado com o início da disputa pela formação do Ptax", lembra Miriam Tavares, da corretora AGK.
O Ptax (preço médio do dólar medido pelo BC diariamente) do último dia do mês é a referência para a liquidação dos contratos de dólar na BM&F (Bolsa de Mercadorias & Futuros).
Por isso, é esperada a intensificação da queda-de-braço entre "comprados" -que apostaram na valorização- e "vendidos" -que são beneficiados com a queda da cotação.
A Bolsa de Valores de São Paulo terminou o dia praticamente estável, com baixa de 0,03%. O Ibovespa -índice dos 57 papéis mais importantes- chegou a superar os 18 mil pontos no início da tarde, mas acabou recuando e fechou com 17.883 pontos.
A falta de novidades sobre a decisão da Justiça em relação ao leilão da banda C do SMP (Serviço Móvel Pessoal) também colaborou para a apatia dos negócios.
O destaque ficou com as ações preferenciais do Banco do Brasil, com 6% de alta. Esses papéis terminaram a semana passada com baixa acumulada de 2,35%.
(FABRICIO VIEIRA)


Texto Anterior: Finanças: Tasso quer BC independente, mas nem tanto
Próximo Texto: Internet: Usuário pode pagar pelo Napster em junho
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.