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"CONSENSO"
Revisão sai em Milão
"Carta neoliberal" vai ganhar versão social
DA REDAÇÃO
Uma nova versão do Consenso
de Washington, revista e mais
"social", será apresentada em
março, no encontro anual do BID
(Banco Interamericano de Desenvolvimento), que ocorrerá neste
ano em Milão.
Economistas norte-americanos, entre eles alguns dos pais da
cartilha de políticas que ficaram
conhecidas como "neoliberais" e
ganharam o mundo entre o final
dos anos 80 e o início da década
passada, trabalham com colegas
latino-americanos na elaboração
do novo documento.
Autor do termo "Consenso de
Washington" e defensor durante
anos de suas diretrizes, o economista John Williamson, do Institute for International Economics,
reconhece que o receituário carecia de políticas sociais. De acordo
com Williamson, um novo nome
será dado ao documento.
O IIE é uma organização não-governamental e apartidária de
estudo econômico, fundada em
1981, com sede em Washington.
Membro sênior do instituto, Williamson já deu aulas no Brasil, na
PUC do Rio, de 1978 a 81.
O economista argentino Martin
Redrado, diretor da Fundação
Capital, reuniu-se ontem, durante
duas horas, com Richard Haass,
diretor de planejamento do Departamento de Estado dos EUA.
Na pauta da conversa, o novo
consenso.
"Chegamos à conclusão de que
deve haver um novo Consenso de
Washington", disse Redrado, em
entrevista à agência Reuters. "O
consenso tem sido insuficiente
para oferecer um melhor padrão
de vida para a população", afirmou o economista.
As propostas do Consenso de
Washington foram adotadas, em
larga medida, pelo FMI (Fundo
Monetário Internacional) e pelo
Bird (Banco Mundial) ao longo
da década passada.
A adoção de medidas como a
privatização de estatais e a maior
abertura comercial era exigida
pelas instituições aos países que
se candidatavam a empréstimos e
pacotes de socorro financeiro.
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