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São Paulo, quinta-feira, 30 de janeiro de 2003

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"CONSENSO"

Revisão sai em Milão

"Carta neoliberal" vai ganhar versão social

DA REDAÇÃO

Uma nova versão do Consenso de Washington, revista e mais "social", será apresentada em março, no encontro anual do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento), que ocorrerá neste ano em Milão.
Economistas norte-americanos, entre eles alguns dos pais da cartilha de políticas que ficaram conhecidas como "neoliberais" e ganharam o mundo entre o final dos anos 80 e o início da década passada, trabalham com colegas latino-americanos na elaboração do novo documento.
Autor do termo "Consenso de Washington" e defensor durante anos de suas diretrizes, o economista John Williamson, do Institute for International Economics, reconhece que o receituário carecia de políticas sociais. De acordo com Williamson, um novo nome será dado ao documento.
O IIE é uma organização não-governamental e apartidária de estudo econômico, fundada em 1981, com sede em Washington. Membro sênior do instituto, Williamson já deu aulas no Brasil, na PUC do Rio, de 1978 a 81.
O economista argentino Martin Redrado, diretor da Fundação Capital, reuniu-se ontem, durante duas horas, com Richard Haass, diretor de planejamento do Departamento de Estado dos EUA. Na pauta da conversa, o novo consenso.
"Chegamos à conclusão de que deve haver um novo Consenso de Washington", disse Redrado, em entrevista à agência Reuters. "O consenso tem sido insuficiente para oferecer um melhor padrão de vida para a população", afirmou o economista.
As propostas do Consenso de Washington foram adotadas, em larga medida, pelo FMI (Fundo Monetário Internacional) e pelo Bird (Banco Mundial) ao longo da década passada.
A adoção de medidas como a privatização de estatais e a maior abertura comercial era exigida pelas instituições aos países que se candidatavam a empréstimos e pacotes de socorro financeiro.


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