São Paulo, quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

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Deputados aprovam pacote de Bush de estímulo à economia

DA REDAÇÃO

A Câmara dos Representantes dos EUA aprovou ontem o plano do presidente George W. Bush para estimular a economia americana. O resultado era esperado, já que Bush e a oposição democrata (que tem maioria na Casa) haviam fechado na semana passada um acordo para aprovação do plano.
O pacote foi aprovado por 385 a favor e 35 contra e prevê uma ajuda de US$ 146 bilhões para tentar evitar uma recessão na principal economia mundial. Pelo projeto, boa parte das pessoas que pagam Imposto de Renda deve receber restituições de US$ 600 a US$ 1.200 -o valor depende da renda e do número de filhos e, em alguns casos, pode ser de US$ 300. Os mais ricos, pela proposta aprovada ontem, não receberão a ajuda. Além disso, empresas terão isenção fiscal na compra de equipamentos.
As medidas devem ser encaminhadas agora ao Senado. Existe o temor de que os senadores realizem alterações na proposta. Uma das medidas discutidas no Senado é a redução no valor da restituição e a sua ampliação para outros grupos, como aposentados e desempregados. Os mais ricos também receberiam a ajuda.
O republicano Harry Reid, líder da maioria no Senado, disse na semana passada que esperava que Bush pudesse aprovar o plano até o dia 15 de fevereiro. Mas, caso ocorram mudanças, pode demorar mais para o presidente assinar a medida.
Alguns senadores já disseram que pretendem votar sem alteração o pacote de estímulo, para que ele possa ser enviado rapidamente a Bush.
Depois de aprovado, será preciso ainda analisar quais contribuintes deverão receber a ajuda e qual será o valor. Só então os cheques com a restituição começarão a ser enviados pelo correio.
O secretário do Tesouro, Henry Paulson, elogiou os deputados por terem aprovado rapidamente o pacote, que, segundo ele, irá criar mais 500 mil empregos neste ano. Ele também disse estar "confiante" de que o Senado vai "entender que velocidade e simplicidade são fundamentais" para que se chegue logo a um acordo.

Bens duráveis
O pedido de bens duráveis nos EUA aumentou 5,2% no mês passado, o maior avanço desde julho e superior ao previsto por analistas. Os dados apontam que, apesar da crise em outros setores (como o imobiliário e o financeiro), a indústria não entrou em recessão.
A tendência é que as empresas invistam menos em equipamentos em um momento de desaceleração. Para alguns analistas, as exportações, impulsionadas pela desvalorização do dólar, foram um dos motivos para a alta do índice.
Também ontem foi divulgado o índice de confiança do grupo de pesquisa privado Conference Board. Segundo ele, a confiança do consumidor americano caiu para 87,9 pontos em janeiro, ante 90,6 pontos no mês anterior.


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