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Deputados aprovam pacote de Bush de estímulo à economia
DA REDAÇÃO
A Câmara dos Representantes dos EUA aprovou ontem o
plano do presidente George W.
Bush para estimular a economia americana. O resultado era
esperado, já que Bush e a oposição democrata (que tem maioria na Casa) haviam fechado na
semana passada um acordo para aprovação do plano.
O pacote foi aprovado por
385 a favor e 35 contra e prevê
uma ajuda de US$ 146 bilhões
para tentar evitar uma recessão
na principal economia mundial. Pelo projeto, boa parte das
pessoas que pagam Imposto de
Renda deve receber restituições de US$ 600 a US$ 1.200
-o valor depende da renda e do
número de filhos e, em alguns
casos, pode ser de US$ 300. Os
mais ricos, pela proposta aprovada ontem, não receberão a
ajuda. Além disso, empresas terão isenção fiscal na compra de
equipamentos.
As medidas devem ser encaminhadas agora ao Senado.
Existe o temor de que os senadores realizem alterações na
proposta. Uma das medidas
discutidas no Senado é a redução no valor da restituição e a
sua ampliação para outros grupos, como aposentados e desempregados. Os mais ricos
também receberiam a ajuda.
O republicano Harry Reid, líder da maioria no Senado, disse
na semana passada que esperava que Bush pudesse aprovar o
plano até o dia 15 de fevereiro.
Mas, caso ocorram mudanças,
pode demorar mais para o presidente assinar a medida.
Alguns senadores já disseram que pretendem votar sem
alteração o pacote de estímulo,
para que ele possa ser enviado
rapidamente a Bush.
Depois de aprovado, será
preciso ainda analisar quais
contribuintes deverão receber
a ajuda e qual será o valor. Só
então os cheques com a restituição começarão a ser enviados pelo correio.
O secretário do Tesouro,
Henry Paulson, elogiou os deputados por terem aprovado
rapidamente o pacote, que, segundo ele, irá criar mais 500
mil empregos neste ano. Ele
também disse estar "confiante"
de que o Senado vai "entender
que velocidade e simplicidade
são fundamentais" para que se
chegue logo a um acordo.
Bens duráveis
O pedido de bens duráveis
nos EUA aumentou 5,2% no
mês passado, o maior avanço
desde julho e superior ao previsto por analistas. Os dados
apontam que, apesar da crise
em outros setores (como o imobiliário e o financeiro), a indústria não entrou em recessão.
A tendência é que as empresas invistam menos em equipamentos em um momento de
desaceleração. Para alguns
analistas, as exportações, impulsionadas pela desvalorização do dólar, foram um dos motivos para a alta do índice.
Também ontem foi divulgado o índice de confiança do grupo de pesquisa privado Conference Board. Segundo ele, a
confiança do consumidor americano caiu para 87,9 pontos em
janeiro, ante 90,6 pontos no
mês anterior.
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