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Fundos aprovam negócio depois de forte resistência
GUILHERME BARROS
COLUNISTA DA FOLHA
Acionistas controladores
da Brasil Telecom e da Oi
(ex-Telemar) acertaram ontem as últimas pendências
da operação. O memorando
de intenções que define as linhas mestras do negócio deve ser assinado nos próximos
dias entre as duas empresa,
segundo a Folha apurou junto a acionistas.
O negócio sofreu fortes resistências dos fundos de
pensão de estatais que participam do controle das duas
teles (Previ, Funcef e Petros). Queriam continuar a
ter influência na nova empresa. Após longas negociações, os fundos conseguiram
ampliar seu poder na nova
tele e avalizaram o negócio,
embora ainda existam pontos pendentes.
O controle será dos empresários Sérgio Andrade
(Andrade Gutierrez) e Carlos Jereissati (La Fonte).
O negócio custará em torno de R$ 8,3 bilhões à Oi
-R$ 4,8 bilhões para os acionistas controladores da Brasil Telecom e o restante para
os minoritários.
Segundo representante
dos fundos de pensão que
não quis se identificar, a operação será altamente lucrativa para eles, já que irão vender a BrT por um preço muito superior ao que investiram na época da privatização. Eles também terão direito de veto em algumas
operações da nova empresa.
Entre os fundos, a Previ deve
ter mais assentos no novo
conselho de administração.
Como a Folha adiantou, o
presidente da nova tele deve
ser o atual comandante da
Oi, Luiz Eduardo Falco. O
atual presidente da Brasil
Telecom, Ricardo Knoepfelmacher, deve voltar ao fundo
de investimentos Angra
Partners, do qual é sócio.
O BNDES também terá
uma participação relevante
no capital da nova empresa.
Ao menos até a semana passada, o banco era o escalado
pelo governo para ter direito
de preferência de compra
das participações de Andrade e Jereissati caso eles decidam vendê-las para investidores estrangeiros. Essa decisão ainda precisava ser
aprovada pela ministra da
Casa Civil, Dilma Rousseff.
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