São Paulo, domingo, 30 de março de 2008

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Primeira proposta teve poucos avanços

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Essa será a segunda proposta de política industrial do governo Lula. A primeira, lançada em 2003 durante uma fase de restrições fiscais e de divergências quanto à sua eficácia, não deslanchou totalmente.
Enquanto a indústria de bens de capital acabou ganhando com as desonerações concedidas na época, setores como fármacos e medicamentos não receberam incentivos por meio da redução de impostos.
Nessa primeira fase, o então ministro Luiz Fernando Furlan (Desenvolvimento) travava uma disputa com o também então ministro Antonio Palocci Filho (Fazenda). Furlan buscava aumentar os setores beneficiados, mas Palocci era contra.
Depois de perder várias disputas com o ex-ministro da Fazenda, Furlan conseguiu baixar a chamada MP do Bem, que beneficiou com cortes de impostos setores como o da construção civil.
Agora, a nova proposta de política industrial do governo Lula tenta ser abrangente, traçando objetivos desde o aumento em 10% do número de micro e pequenas empresas exportadoras, passando pela elevação das exportações do setor automotivo e indo até o estímulo à indústria naval brasileira.
No caso do setor automotivo, a política industrial planeja não só aumentar a produção nacional, de 2,9 milhões veículos no ano passado para 4 milhões em 2010, como fazer as exportações dessa indústria chegarem a 930 mil unidades no final do mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
A proposta abrange também três setores prejudicados pela valorização do real -indústria têxtil e confecções, couro e calçados e madeira e móveis.
No caso do setor têxtil, a equipe de Lula planeja por exemplo que o faturamento dessa indústria salte de US$ 33 bilhões em 2006 para US$ 41,6 bilhões em 2010. Para isso, espera usar entre outros estímulos as compras governamentais na área de uniformes profissionais. (VC e ID)


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