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Primeira proposta teve poucos avanços
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Essa será a segunda proposta
de política industrial do governo Lula. A primeira, lançada
em 2003 durante uma fase de
restrições fiscais e de divergências quanto à sua eficácia, não
deslanchou totalmente.
Enquanto a indústria de bens
de capital acabou ganhando
com as desonerações concedidas na época, setores como fármacos e medicamentos não receberam incentivos por meio
da redução de impostos.
Nessa primeira fase, o então
ministro Luiz Fernando Furlan
(Desenvolvimento) travava
uma disputa com o também então ministro Antonio Palocci
Filho (Fazenda). Furlan buscava aumentar os setores beneficiados, mas Palocci era contra.
Depois de perder várias disputas com o ex-ministro da Fazenda, Furlan conseguiu baixar
a chamada MP do Bem, que beneficiou com cortes de impostos setores como o da construção civil.
Agora, a nova proposta de política industrial do governo Lula tenta ser abrangente, traçando objetivos desde o aumento
em 10% do número de micro e
pequenas empresas exportadoras, passando pela elevação das
exportações do setor automotivo e indo até o estímulo à indústria naval brasileira.
No caso do setor automotivo,
a política industrial planeja não
só aumentar a produção nacional, de 2,9 milhões veículos no
ano passado para 4 milhões em
2010, como fazer as exportações dessa indústria chegarem
a 930 mil unidades no final do
mandato do presidente Luiz
Inácio Lula da Silva.
A proposta abrange também
três setores prejudicados pela
valorização do real -indústria
têxtil e confecções, couro e calçados e madeira e móveis.
No caso do setor têxtil, a
equipe de Lula planeja por
exemplo que o faturamento
dessa indústria salte de US$ 33
bilhões em 2006 para US$ 41,6
bilhões em 2010. Para isso, espera usar entre outros estímulos as compras governamentais
na área de uniformes profissionais.
(VC e ID)
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