São Paulo, segunda-feira, 30 de março de 2009

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G2 será o destaque para o mercado nesta semana

Expectativa se volta ainda para dados de produção industrial

DA REPORTAGEM LOCAL

A reunião de cúpula do G20, que ocorrerá na quinta-feira, em Londres, será um dos eventos que deverá chamar mais atenção do mercado nesta semana, mesmo que os analistas não alimentem a expectativa de que grandes decisões sejam tomadas. Isso porque assuntos como novos pacotes de estímulo fiscal e regulação do mercado financeiro serão discutidos.
Além dessa reunião, a semana trará, principalmente a partir de quarta-feira, importantes dados e anúncios econômicos. Números referentes ao mercado de trabalho, produção industrial e decisão sobre juros estão dentre os destaques.
Na reunião do G20, a Europa questionará a posição soberana do modelo americano, numa discussão inflamada perante a responsabilidade da crise atual. Espera-se, com isso, que o debate traga sinalizações importantes, principalmente para a reformulação do sistema financeiro internacional, afirma, em análise, a corretora Planner.
Hoje, o mercado brasileiro irá conhecer o IGP-M de março. Como esse é o primeiro índice de preços do mês a ser conhecido, os investidores estarão atentos a seu resultado. A expectativa é que o indicador aponte deflação de 0,33%. Haverá também a apresentação do Relatório Trimestral de Inflação, elaborado pelo Banco Central, com avaliações e projeções para a economia do país. A agenda norte-americana reserva na quarta uma série de indicadores, com destaque para os gastos com construção, o índice de atividade da indústria e as vendas dos veículos.
Por aqui, o destaque fica com o resultado da produção industrial de fevereiro, a ser divulgado pelo IBGE. Em janeiro, a produção da indústria nacional registrou retração de 17,2% em relação ao mesmo mês de 2008. Foi o pior resultado em 19 anos nessa base de comparação. "A produção industrial nacional trará impactos relevantes se fugir do consenso, de queda em torno de 15%, após a queda 17,2% em janeiro. Ao que parece, a recuperação da indústria automobilística pode amenizar a queda", avalia a Planner. O dado de fevereiro pode dar uma mostra melhor do desempenho do PIB no trimestre.
Na quinta-feira, as atenções se voltam para a Europa, onde ocorrerá a reunião periódica do BCE (Banco Central Europeu). A expectativa é que a autoridade monetária reduza a taxa básica de juros da região de 1,5% para 1% anuais. Os juros estão em queda pelo mundo, como forma de tentar evitar que a desaceleração econômica se aprofunde. Nos EUA, os juros básicos já estão no piso, oscilando em uma faixa que vai de 0% a 0,25%.
Ainda na quinta, os EUA divulgam os números de encomendas feitas à indústria em fevereiro importante sinalizador do ritmo em que anda a economia.

Desemprego
Para fechar a semana, as atenções mais uma vez se concentram nos EUA. Por lá vão ser divulgados os dados do mercado de trabalho. A expectativa é a de que a taxa de desemprego norte-americana tenha subido de 8,1% para 8,5% em março.
O número de fevereiro já representava a mais elevada taxa de desemprego desde 1983. Em 12 meses, o número de pessoas sem trabalho no país havia saltado em 5 milhões. O número total de desempregados já alcançava 12,5 milhões. “A reunião do BCE e o encontro de cúpula do G20 podem acrescentar bastante volatilidade e movimentos bruscos para as moedas pelo mundo”, avalia Miriam Tavares, diretora de câmbio da corretora AGK.


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