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Mercado Aberto
MARIA CRISTINA FRIAS - cristina.frias@uol.com.br
Ponto Frio demite diretores na integração com Casas Bahia
O avanço da consolidação das
grandes redes de varejo brasileiras -que mostrou mais fôlego ontem com a operação entre
a Insinuante e a Ricardo Eletro- já começou a movimentar
os profissionais do setor em todos os níveis.
Na última semana, foram demitidos três diretores do Ponto
Frio, como resultado do processo de integração com as Casas Bahia, último grande negócio fechado no setor. Saíram
dois diretores-executivos e um
diretor de compras do segmento de móveis.
O Pão de Açúcar afirma que
as demissões fazem parte do
processo natural da associação,
que determinou que a gestão
seria transferida para as Casas
Bahia. As vagas não serão ocupadas por novos profissionais,
mas, sim, absorvidas pela gestão atual.
O grupo também informa
que não haverá mais demissões
e que estão previstas novas
contratações.
Na fusão anunciada ontem,
que gerou a Máquina de Vendas, está prevista a criação de 15
mil vagas até 2014, fazendo
com que o grupo alcance 30 mil
empregos.
Na diretoria não devem
acontecer mudanças, segundo
Luiz Carlos Batista, que será
presidente do Conselho de Administração da nova rede. "No
meu sentimento não haverá
troca de diretores", afirmou
Batista à Folha.
As duas vice-presidências da
recém-criada Máquina de Vendas serão ocupadas por Rodrigo Nunes e por Luca Batista.
Rodrigo é irmão de Ricardo
Nunes, novo presidente-executivo da holding, e Luca, filho de
Luiz Carlos Batista.
Insinuante e Ricardo Eletro mantêm agências
Na área de comunicação, o
processo de integração das
redes Insinuante e Ricardo
Eletro deve permanecer
inalterado, pelo menos no
curto prazo.
A Propeg, que já era responsável pela conta da Insinuante, e a mineira Probrasil, que cuidava da Ricardo
Eletro, se manterão responsáveis pela publicidade da
holding Máquina de Vendas,
nome criado por Fernando
Barros, presidente da Propeg
-que atende outras contas
como a da M. Dias Branco e
do Ministério da Saúde.
A verba de marketing destinada às ações de publicidade da nova rede alcança
R$ 250 milhões para 2010.
A agência Young & Rubicam, que detém a conta das
Casas Bahia, vai absorver
também a publicidade e o
marketing da rede Ponto
Frio, mas isso não significa
que a agência ficará com ela
no longo prazo.
A empresa está concentrando esforços na integração da gestão de Bahia e Ponto Frio e vai deixar a decisão
a respeito da publicidade para mais tarde.
FERRAMENTA
As micro e pequenas empresas utilizam pouco a internet como ferramenta de comunicação e relacionamento
com o cliente. De acordo com levantamento da GfK e da
Associação Comercial de São Paulo, apenas 17% das micro
e pequenas empresas têm cadastro em redes sociais. Das
que participam, 49% ainda não monitoram o que é dito a
seu respeito nas comunidades. A pesquisa foi realizada
com 500 empresas paulistanas de todos os setores.
BIFE ACEBOLADO
O dono do restaurante Piselli, Juscelino Pereira, se
prepara para abrir sua terceira casa, em abril, em São
Paulo. O bar Ministro 1153 localizado na rua Ministro
Rocha Azevedo, nos Jardins, não será direcionado à cozinha italiana, como o Piselli, inaugurado em 2004, e o
Zena Caffè, em 2009. O novo bar terá foco na cozinha
nacional. O objetivo é atender, segundo Pereira, uma
demanda por comida caseira na região. "Eu sentia falta
de arroz, feijão, bife acebolado nos Jardins. Queremos
explorar esse nicho", diz Pereira, ao se lembrar do primeiro emprego em São Paulo, em um bar na Casa Verde, onde eram servidos pratos caseiros. O empreendimento será representado pela Trevisani Pereira, consultoria que reúne sete marcas de restaurantes. A empresa foi fundada em parceria com outro ex-Fasano,
antigo colega de trabalho, Ricardo Trevisani. Durante
quase 11 anos, Pereira foi maître e gerente do restaurante Gero, do grupo Fasano. Ele também trabalha no
desenvolvimento de um outro projeto: a criação de uma
trading de importação de produtos italianos.
DE FORA 1
O banco britânico HSBC
retirou duas companhias
envolvidas com mercado de
carbono do seu índice de
empresas relacionadas às
mudanças climáticas. O motivo foi a perda de valor das
empresas -que não alcançaram o mínimo de capitalização de US$ 400 milhões-,
reflexo do fracasso em se
chegar a um acordo global
em Copenhague.
DE FORA 2
As duas companhias "expulsas" foram a Climate Exchange e a Trading Emissions, listadas na Bolsa de
Londres. "O mercado de carbono precisa de metas precisas e regras obrigatórias -e
Copenhague não entregou
nenhuma delas", afirmou o
relatório do HSBC divulgado ontem. A falta de políticas em países avançados ajudou a reduzir as chances de
emergir, no futuro próximo,
um estruturado mercado de
carbono, afirma o banco.
SOL E MAR
A Gol acaba de receber autorização para fazer voos regulares do Rio de Janeiro e de São Paulo até Punta Cana,
na República Dominicana. Essa é a segunda base da companhia no Caribe. A nova rota vai ser operada pela bandeira Varig. A empresa planeja novos voos para a região,
com a meta de estar em Havana até o final deste ano.
CIDADANIA
Na plataforma Cidade
São Vicente, da Petrobras,
em Tupi, primeiro campo
do pré-sal, o índice de trabalhadores brasileiros subiu de 40%, em maio de
2009, para 75% hoje. A meta é atingir 80% em abril.
Mais de 70 pessoas trabalham na plataforma. A empresa estipulou o percentual de 80% como patamar
mínimo de brasileiros nas
plataformas que afretará
para produzir petróleo na
nova fronteira.
SAÍDA
A Chemtech, empresa
do grupo Siemens especializada em engenharia e
tecnologia da informação,
perdeu alguns de seus altos executivos. O presidente, o diretor operacional e
o diretor de pesquisa e desenvolvimento deixaram a
companhia para montar o
próprio negócio, a Radix
Engenharia. Algumas das
áreas de atuação do portfólio da Radix Engenharia
são coincidentes com
áreas da Chemtech.
MAIS CERVEJA 1
A AmBev vai investir neste ano R$ 375 milhões em
quatro de suas unidades fabris em São Paulo. A filial de
Guarulhos irá passar por
uma modernização tecnológica e as fábricas de Jacareí,
Jaguariúna e Agudos receberão novas linhas de produção de cerveja. De acordo
com a empresa, a expansão
deve gerar cerca de 8.000
novos empregos, diretos e
indiretos e contratações para obras.
MAIS CERVEJA 2
O investimento faz parte
de um aporte de até R$ 2 bilhões para expandir a capacidade de produção da AmBev no país. Trata-se do
maior investimento já realizado pela empresa em um
único ano desde a sua criação. Novas fábricas estão
sendo construídas pela companhia nos mesmos terrenos das unidades já existentes para dobrar a produção
em ao menos três delas.
com JOANA CUNHA, ALESSANDRA KIANEK e NATÁLIA PAIVA
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