São Paulo, terça-feira, 30 de março de 2010

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Mercado Aberto

MARIA CRISTINA FRIAS - cristina.frias@uol.com.br

Ponto Frio demite diretores na integração com Casas Bahia

O avanço da consolidação das grandes redes de varejo brasileiras -que mostrou mais fôlego ontem com a operação entre a Insinuante e a Ricardo Eletro- já começou a movimentar os profissionais do setor em todos os níveis.
Na última semana, foram demitidos três diretores do Ponto Frio, como resultado do processo de integração com as Casas Bahia, último grande negócio fechado no setor. Saíram dois diretores-executivos e um diretor de compras do segmento de móveis.
O Pão de Açúcar afirma que as demissões fazem parte do processo natural da associação, que determinou que a gestão seria transferida para as Casas Bahia. As vagas não serão ocupadas por novos profissionais, mas, sim, absorvidas pela gestão atual.
O grupo também informa que não haverá mais demissões e que estão previstas novas contratações.
Na fusão anunciada ontem, que gerou a Máquina de Vendas, está prevista a criação de 15 mil vagas até 2014, fazendo com que o grupo alcance 30 mil empregos.
Na diretoria não devem acontecer mudanças, segundo Luiz Carlos Batista, que será presidente do Conselho de Administração da nova rede. "No meu sentimento não haverá troca de diretores", afirmou Batista à Folha.
As duas vice-presidências da recém-criada Máquina de Vendas serão ocupadas por Rodrigo Nunes e por Luca Batista. Rodrigo é irmão de Ricardo Nunes, novo presidente-executivo da holding, e Luca, filho de Luiz Carlos Batista.

Insinuante e Ricardo Eletro mantêm agências

Na área de comunicação, o processo de integração das redes Insinuante e Ricardo Eletro deve permanecer inalterado, pelo menos no curto prazo.
A Propeg, que já era responsável pela conta da Insinuante, e a mineira Probrasil, que cuidava da Ricardo Eletro, se manterão responsáveis pela publicidade da holding Máquina de Vendas, nome criado por Fernando Barros, presidente da Propeg -que atende outras contas como a da M. Dias Branco e do Ministério da Saúde.
A verba de marketing destinada às ações de publicidade da nova rede alcança R$ 250 milhões para 2010.
A agência Young & Rubicam, que detém a conta das Casas Bahia, vai absorver também a publicidade e o marketing da rede Ponto Frio, mas isso não significa que a agência ficará com ela no longo prazo.
A empresa está concentrando esforços na integração da gestão de Bahia e Ponto Frio e vai deixar a decisão a respeito da publicidade para mais tarde.

FERRAMENTA
As micro e pequenas empresas utilizam pouco a internet como ferramenta de comunicação e relacionamento com o cliente. De acordo com levantamento da GfK e da Associação Comercial de São Paulo, apenas 17% das micro e pequenas empresas têm cadastro em redes sociais. Das que participam, 49% ainda não monitoram o que é dito a seu respeito nas comunidades. A pesquisa foi realizada com 500 empresas paulistanas de todos os setores.

BIFE ACEBOLADO
O dono do restaurante Piselli, Juscelino Pereira, se prepara para abrir sua terceira casa, em abril, em São Paulo. O bar Ministro 1153 localizado na rua Ministro Rocha Azevedo, nos Jardins, não será direcionado à cozinha italiana, como o Piselli, inaugurado em 2004, e o Zena Caffè, em 2009. O novo bar terá foco na cozinha nacional. O objetivo é atender, segundo Pereira, uma demanda por comida caseira na região. "Eu sentia falta de arroz, feijão, bife acebolado nos Jardins. Queremos explorar esse nicho", diz Pereira, ao se lembrar do primeiro emprego em São Paulo, em um bar na Casa Verde, onde eram servidos pratos caseiros. O empreendimento será representado pela Trevisani Pereira, consultoria que reúne sete marcas de restaurantes. A empresa foi fundada em parceria com outro ex-Fasano, antigo colega de trabalho, Ricardo Trevisani. Durante quase 11 anos, Pereira foi maître e gerente do restaurante Gero, do grupo Fasano. Ele também trabalha no desenvolvimento de um outro projeto: a criação de uma trading de importação de produtos italianos.

DE FORA 1
O banco britânico HSBC retirou duas companhias envolvidas com mercado de carbono do seu índice de empresas relacionadas às mudanças climáticas. O motivo foi a perda de valor das empresas -que não alcançaram o mínimo de capitalização de US$ 400 milhões-, reflexo do fracasso em se chegar a um acordo global em Copenhague.

DE FORA 2
As duas companhias "expulsas" foram a Climate Exchange e a Trading Emissions, listadas na Bolsa de Londres. "O mercado de carbono precisa de metas precisas e regras obrigatórias -e Copenhague não entregou nenhuma delas", afirmou o relatório do HSBC divulgado ontem. A falta de políticas em países avançados ajudou a reduzir as chances de emergir, no futuro próximo, um estruturado mercado de carbono, afirma o banco.

SOL E MAR
A Gol acaba de receber autorização para fazer voos regulares do Rio de Janeiro e de São Paulo até Punta Cana, na República Dominicana. Essa é a segunda base da companhia no Caribe. A nova rota vai ser operada pela bandeira Varig. A empresa planeja novos voos para a região, com a meta de estar em Havana até o final deste ano.

CIDADANIA
Na plataforma Cidade São Vicente, da Petrobras, em Tupi, primeiro campo do pré-sal, o índice de trabalhadores brasileiros subiu de 40%, em maio de 2009, para 75% hoje. A meta é atingir 80% em abril. Mais de 70 pessoas trabalham na plataforma. A empresa estipulou o percentual de 80% como patamar mínimo de brasileiros nas plataformas que afretará para produzir petróleo na nova fronteira.

SAÍDA
A Chemtech, empresa do grupo Siemens especializada em engenharia e tecnologia da informação, perdeu alguns de seus altos executivos. O presidente, o diretor operacional e o diretor de pesquisa e desenvolvimento deixaram a companhia para montar o próprio negócio, a Radix Engenharia. Algumas das áreas de atuação do portfólio da Radix Engenharia são coincidentes com áreas da Chemtech.

MAIS CERVEJA 1
A AmBev vai investir neste ano R$ 375 milhões em quatro de suas unidades fabris em São Paulo. A filial de Guarulhos irá passar por uma modernização tecnológica e as fábricas de Jacareí, Jaguariúna e Agudos receberão novas linhas de produção de cerveja. De acordo com a empresa, a expansão deve gerar cerca de 8.000 novos empregos, diretos e indiretos e contratações para obras.

MAIS CERVEJA 2
O investimento faz parte de um aporte de até R$ 2 bilhões para expandir a capacidade de produção da AmBev no país. Trata-se do maior investimento já realizado pela empresa em um único ano desde a sua criação. Novas fábricas estão sendo construídas pela companhia nos mesmos terrenos das unidades já existentes para dobrar a produção em ao menos três delas.


com JOANA CUNHA, ALESSANDRA KIANEK e NATÁLIA PAIVA


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