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MERCADO FINANCEIRO
Bolsa sobe 1,72% com 1ª emissão de títulos no exterior sob Lula e melhora da classificação do Brasil
Captação e S&P impulsionam Bovespa
DA REPORTAGEM LOCAL
As notícias positivas que fizeram o dólar cair ao menor nível
desde 23 de julho de 2002 influenciaram positivamente o Ibovespa,
que fechou em alta de 1,72%. No
mês, o índice que mede a variação
de preço das ações mais negociadas na Bolsa de Valores de São
Paulo acumula rentabilidade de
12,4%.
Além da valorização das ações,
o volume negociado de R$ 905,4
milhões ontem na Bovespa foi
maior do que a média do ano.
A captação do governo brasileiro de US$ 1 bilhão no exterior, a
primeira do governo de Luiz Inácio Lula da Silva, foi considerada
bem-sucedida pelos investidores.
Com o sucesso, o mercado espera
que outras instituições possam fazer operações de obtenção de recursos no mercado externo e conseguir taxas mais baixas do que as
pagas nos últimos meses.
A agência de classificação de risco de crédito Standard & Poor's,
uma das mais importantes do
mundo, melhorou a perspectiva
da nota de crédito dos títulos de
longo prazo do governo brasileiro
de "negativa" para "estável".
A melhora do "rating" afeta
também as empresas, pois, segundo a agência, "o risco de crédito soberano é considerado na
avaliação do padrão de crédito
das entidades do setor privado".
Ou seja, a elevação na perspectiva da classificação do governo
brasileiro poderá ser acompanhada de uma melhora na classificação de risco das empresas, o que
permite que elas paguem taxas
menores para captar recursos.
Das dez ações mais negociadas
na Bolsa ontem, apenas o papel
preferencial (sem direito a voto)
do Bradesco fechou em baixa, de
0,65%. A maior alta foi a PN da
Telemar, que subiu 3,54% e foi
também a que movimentou o
maior volume de recursos.
A divulgação de que o Grupo
Gerdau teve no primeiro trimestre de 2003 lucro líquido de R$
288 milhões fez a ação PN da empresa fechar em alta de 5,4%, uma
das cinco maiores do pregão. O
resultado foi cerca de 129% maior
do que o do mesmo período do
ano passado e deve-se principalmente ao aumento das exportações.
As maiores baixas ontem foram
Acesita PN (2,2%), Calesc PNB
(2,1%) e Embraer ON (1,9%). As
maiores altas foram Tractebel ON
(7,2%), Banco do Brasil ON
(6,2%) e Braskem PNA (6,0%).
(GEORGIA CARAPETKOV)
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