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São Paulo, quarta-feira, 30 de abril de 2003

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MERCADO FINANCEIRO

Bolsa sobe 1,72% com 1ª emissão de títulos no exterior sob Lula e melhora da classificação do Brasil

Captação e S&P impulsionam Bovespa

DA REPORTAGEM LOCAL

As notícias positivas que fizeram o dólar cair ao menor nível desde 23 de julho de 2002 influenciaram positivamente o Ibovespa, que fechou em alta de 1,72%. No mês, o índice que mede a variação de preço das ações mais negociadas na Bolsa de Valores de São Paulo acumula rentabilidade de 12,4%.
Além da valorização das ações, o volume negociado de R$ 905,4 milhões ontem na Bovespa foi maior do que a média do ano.
A captação do governo brasileiro de US$ 1 bilhão no exterior, a primeira do governo de Luiz Inácio Lula da Silva, foi considerada bem-sucedida pelos investidores. Com o sucesso, o mercado espera que outras instituições possam fazer operações de obtenção de recursos no mercado externo e conseguir taxas mais baixas do que as pagas nos últimos meses.
A agência de classificação de risco de crédito Standard & Poor's, uma das mais importantes do mundo, melhorou a perspectiva da nota de crédito dos títulos de longo prazo do governo brasileiro de "negativa" para "estável".
A melhora do "rating" afeta também as empresas, pois, segundo a agência, "o risco de crédito soberano é considerado na avaliação do padrão de crédito das entidades do setor privado".
Ou seja, a elevação na perspectiva da classificação do governo brasileiro poderá ser acompanhada de uma melhora na classificação de risco das empresas, o que permite que elas paguem taxas menores para captar recursos.
Das dez ações mais negociadas na Bolsa ontem, apenas o papel preferencial (sem direito a voto) do Bradesco fechou em baixa, de 0,65%. A maior alta foi a PN da Telemar, que subiu 3,54% e foi também a que movimentou o maior volume de recursos.
A divulgação de que o Grupo Gerdau teve no primeiro trimestre de 2003 lucro líquido de R$ 288 milhões fez a ação PN da empresa fechar em alta de 5,4%, uma das cinco maiores do pregão. O resultado foi cerca de 129% maior do que o do mesmo período do ano passado e deve-se principalmente ao aumento das exportações.
As maiores baixas ontem foram Acesita PN (2,2%), Calesc PNB (2,1%) e Embraer ON (1,9%). As maiores altas foram Tractebel ON (7,2%), Banco do Brasil ON (6,2%) e Braskem PNA (6,0%).
(GEORGIA CARAPETKOV)


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