São Paulo, sexta-feira, 30 de abril de 2004

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"Assalariado não ganhou nada", afirma a CNBB

DO ENVIADO A INDAIATUBA

O presidente e um ex-presidente da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) criticaram ontem o novo salário mínimo. D. Geraldo Majella Agnelo, no cargo há um ano, disse que "isso não é aumento". D. Jayme Chemello, seu antecessor, qualificou o novo mínimo de "um pouquinho criminoso".
Antes da divulgação do reajuste, a "Mensagem para o Dia do Trabalhador" da CNBB já afirmava que "o salário mínimo vigente sofre uma perda acelerada do poder de compra e, cada vez menos, atende às necessidades básicas da família".
"O salário mínimo deveria ser o suficiente para se sustentar, para sobreviver", disse d. Jayme. Ao final da resposta, arrematou: "É uma coisa um pouco pecaminosa. A gente não usa muito a palavra pecado. Hoje se usa mais "criminoso". É um pouquinho criminoso".
Mais tarde, foi a vez de d. Geraldo falar. "Esse [aumento de R$ 20] não é um aumento, porque o nosso assalariado não ganhou nada", disse ele sobre o fato de o aumento real (descontada a inflação) ter sido de 1,5%.
(GUILHERME BAHIA)


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