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"Assalariado não ganhou nada", afirma a CNBB
DO ENVIADO A INDAIATUBA
O presidente e um ex-presidente da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do
Brasil) criticaram ontem o
novo salário mínimo. D. Geraldo Majella Agnelo, no
cargo há um ano, disse que
"isso não é aumento". D.
Jayme Chemello, seu antecessor, qualificou o novo mínimo de "um pouquinho
criminoso".
Antes da divulgação do
reajuste, a "Mensagem para
o Dia do Trabalhador" da
CNBB já afirmava que "o salário mínimo vigente sofre
uma perda acelerada do poder de compra e, cada vez
menos, atende às necessidades básicas da família".
"O salário mínimo deveria
ser o suficiente para se sustentar, para sobreviver", disse d. Jayme. Ao final da resposta, arrematou: "É uma
coisa um pouco pecaminosa. A gente não usa muito a
palavra pecado. Hoje se usa
mais "criminoso". É um pouquinho criminoso".
Mais tarde, foi a vez de d.
Geraldo falar. "Esse [aumento de R$ 20] não é um aumento, porque o nosso assalariado não ganhou nada",
disse ele sobre o fato de o aumento real (descontada a inflação) ter sido de 1,5%.
(GUILHERME BAHIA)
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